Banda londrinense Aminoácido lança novo álbum nesta sexta com o clipe 'Carinho Safadeza'

Há um ano o quinteto Aminoácido gravava o videoclipe de sua mais nova música, “Carinho Safadeza”, em uma festa de carnaval. Naquela época, esperavam lançar o vídeo, assim como o álbum de que ele faz parte, dentro de poucos meses. Nem imaginavam que em seguida o Brasil enfrentaria a pandemia da Covid-19. “O mundo ficou estranho e a gente também ficou estranho”, confessa o vocalista e guitarrista do grupo, Thiago Franzim, ou “Franzina”, em seu nome aminoácido. Com a situação do País, os planos da banda atrasaram por seis meses, mas chegou o dia de retomá-los com a aguardada estreia do clipe de “Carinho Safadeza” nesta sexta (12), no Youtube.

Com o videoclipe guardado por um tempo, a véspera de carnaval veio como um bom momento para seu lançamento. No final do ano, a banda conseguiu o auxílio da Lei Aldir Blanc para o Setor Cultural, o que tornou possível o lançamento. Por outro lado, a estreia do clipe na proximidade de data tão festiva caiu bem. A gravação foi feita no retorno da banda a Londrina, após uma viagem ao Festival Bradamundo, no Carnaval de 2020, na cidade Santa Rosa do Sul (SC). O festival foi último de que o Aminoácido participou antes da pandemia. “O clipe tem tudo a ver com o que era o clima de carnaval” – relata Franzim, e conclui esperançoso: “assistir ao clipe dá uma nostalgia de uma coisa que já passou, mas que acho que a gente vai recuperar daqui um tempo”.

Essa é a primeira faixa lançada do novo álbum “Banda Morre”, trabalho conjunto de Franzim e os demais integrantes do grupo: Douglas Labigalini, Lugue Henriques, Cristiano Pereira e Fabio Tanaka. O disco a ser lançado em etapas até abril propõe resgatar em cada trilha uma banda passada – ou morta – em ritmo muito vivo e com o bom humor característico do Aminoácido. Partindo do rock, o som viaja por diversos estilos, criando uma “colagem de diferentes gêneros”, como analisa Franzim. O guitarrista destaca a Vanguarda Paulistana dos anos 80, com artistas paranaenses como Arrigo Barnabé, Paulo Barnabé e Itamar Assumpção como grandes inspirações para a obra.

A animação com o álbum também vem de seu processo de produção: é o primeiro trabalho do grupo a ser realizado em um estúdio, diferentemente dos dois discos anteriores, que eram caseiros. Além disso, para o guitarrista, a divulgação em parcelas do álbum deixa um gostinho de suspense enquanto o ouvinte pode digerir o produto, pois “esse disco tem muita informação de letra e de piada, e a gente quer aproveitar isso, mostrar isso para as pessoas com carinho, fazer as pessoas darem risada”.

Seguindo a tradição, o álbum também contará um pouco mais do planeta Kepler, terra de onde vem a banda em sua própria mitologia. A brincadeira acompanha a grupo desde a sua formação, tornando-se uma narrativa signatária. Parte dela, assim como a trajetória da banda e registros da turnê da banda em 2018, a Turnê Interplanetária do Universo, serão relatados futuramente em um documentário sonoro transmitido pela Rádio UEL e Alma Londrina. Este não é o único projeto futuro do Aminoácido, em breve, o EP (Extended Play) “Homem Tactel” deve dar início a uma ópera de mesmo nome.

Confira "Carinho Safadeza:

*supervisão de Patrícia Maria Alves (editora)