Abordando temas contemporâneos e questões atemporais como a busca pela liberdade, o descompasso das conexões virtuais e a luta contra o sistema opressor, a banda londrinense Caburé Canela acaba de lançar seu segundo álbum, intitulado “Cabeça de Cobre”. O trabalho traz dez canções autorais gravadas em processo analógico em um estúdio da cidade de Petrópolis (RJ) e que já podem ser ouvidas nas plataformas digitais. As novas composições serão apresentadas ao público no show de lançamento do disco programado para ser transmitido pelo canal do grupo no Youtube na próxima sexta-feira (17), a partir das 20 horas.

A busca da sinergia entre o orgânico e o digital está presente no conceito da arte gráfica do álbum "Cabeça de Cobre"
A busca da sinergia entre o orgânico e o digital está presente no conceito da arte gráfica do álbum "Cabeça de Cobre" | Foto: Natalia Lima Castro/ Divulgação

Em “Cabeça de Cobre”, os integrantes da banda Caburé Canela continuam apostando na mistura de sonoridades brasileiras que marcaram o álbum de estreia do grupo, “Cabeça de Cabra”, lançado em 2018. Entre as novas canções estão “Claridade” e “Fera”, que já haviam sido lançadas em singles que ganharam videoclipes; “Viril”, com arranjo inspirado na Tropicália; o funk-ijexá “Dicionário”; e o samba “Epifania”. O set list conta ainda com “Não sei teclar”, “Mantra Caosmico”, “Quantos ais”, “Lixo espacial” e “Ponto pálido”.

Gravado no estúdio ForestLab (Petrópolis/RJ) em dez dias, o novo disco tem a produção fonográfica do mineiro Lisciel Franco, conhecido por construir equipamentos e por realizar gravações em uma máquina de 24 canais da década de 80, processando e mixando exclusivamente na fita. Trechos do processo de gravação foram registrados em vídeo pela fotógrafa Paula Viana e podem ser vistos em um mini-documentário que já está disponibilizado no canal da banda no Youtube. Além das imagens de bastidores, o doc traz uma entrevista com Lisciel Franco sobre gravação analógica, impressões do processo com a Caburé Canela, e sobre os caminhos da música independente. A edição e montagem foi realizada por Lucas Oliveira, que integra o elenco do sexteto.

A busca pela sinergia entre o orgânico e o digital também está presente no conceito criado na arte gráfica de “Cabeça de Cobre”. Codificações e reproduções digitais se entrelaçam com processos gráficos analógicos imprevisíveis na capa do álbum que foi desenvolvida pelo designer Pablo Blanco e pela artista visual Carolinaa Sanches, também vocalista e compositora da banda. “A arte parte de imagens digitais que retratam as cabeças por trás da Caburé Canela. Da norma ao novo, das certezas às sortes, das métricas às margens. Essas imagens dos integrantes são manipuladas e se tornam chapas de alumínio que, a partir daí, participam de processos gráficos artesanais e intensivos”, revela a cantora ao revelar que as capas dos vinis de “Cabeça de Cobre” serão produzidas individualmente nos ateliês do Grafatório, em uma edição limitada.

Formada em 2013, a banda natural de Londrina (PR), Caburé Canela, conta com Carolinaa Sanches (voz), Lucas Oliveira (voz, violões, violino e teclados), Maria Thomé (percussão e live electronics), Mariana Franco (contrabaixo), Paulo Moraes (bateria) e Pedro José (voz, guitarra, clarinete e pífano).

Arte da capa do álbum foi criada por Pablo Blanco e Carolinaa Sanchez
Arte da capa do álbum foi criada por Pablo Blanco e Carolinaa Sanchez | Foto: Divulgação

Serviço:

Álbum “Cabeça de Cobra”

Banda Caburé Canela

Disponível nas plataformas digitais

Show de lançamento

Quando – Sexta-feira (17), às 20 horas

Onde – Canal da banda no Youtube

Gratuito