“Quem sou eu?” – uma simples pergunta com a resposta não tão simples que assombra a cabeça de muitos jovens. E para Felipe não foi diferente. Hoje, com seus 23 anos, é mais conhecido como Calda e encontrou na música uma forma de tentar responder essa questão.

Calda: projeto musical é uma volta ao passado e uma cura do presente
Calda: projeto musical é uma volta ao passado e uma cura do presente | Foto: Divulgação

Ainda que não tenha convivido com musicistas durante sua infância, Calda sempre teve a melodia como parte de sua vida. Ela foi chave para começar a compreender a si mesmo por meio do trabalho de outros artistas. Mas foi ano passado que Calda passou a ser parte ativa do meio musical, com a gravação de seu primeiro EP . Não só foi esse seu lançamento no mercado, mas também o início do seu autoconhecimento.

Imagem ilustrativa da imagem As interrogações de Calda

Tão importante foi o trabalho que agora Calda traz seu mais novo projeto à publicação: “Músicas para Humanos Quebrados”, seu primeiro álbum completo. Além de ser a continuidade de seu processo de compreensão, o autor tem o objetivo de ser relacionável com a vida do público, de forma a tocar suas feridas, na tentativa de “conversar com as pessoas e me curar também de problemas como depressão e fobia social, que eu tive quando era adolescente. Esse projeto está sendo uma volta ao passado e uma cura do presente, para fazer com que as pessoas entrem nesse universo comigo e tirem algum proveito disso” – declara o compositor. Para o artista é essencial que o ser humano resgate as suas dores para assim aprender a lidar com elas.

“Músicas para Humanos Quebrados” está sendo divulgado aos poucos nas redes sociais de Caldas e ainda está abrindo seu espaço em meio ao mar de conteúdo virtual, mas o músico não se abala frente a luta por destaque. Para ele, será uma jornada em que ele não poderá contar apenas com seu talento, pois a indústria musical é repleta de questões políticas e uma grande volatilidade: num curto período de tempo aquilo que conquistou sucesso pode cair no esquecimento.

Segundo o autor, seu papel como artista não se resume a criação de hinos que definam uma comunidade, mas a ser “um ponto de interrogação - e não um ponto final - que as pessoas parem e reflitam acerca de alguma coisa e que elas mesmas, a partir disso, coloquem um ponto final”. E, em meio a tantas interrogações, a cada música descobrimos uma pequena fração da resposta para esta: “Quem é o Caldas?”

OUÇA:

Folha de Londrina · ENTREVISTA| Calda - música para humanos quebrados