No lugar do medo, a confiança. No lugar do abatimento, o ânimo. O vazio, a inércia e a melancolia não assombram o artista plástico Carlos Kubo, 70 anos - e durante a pandemia, ele cria.

As propostas tem ainda bom humor: Kubo imprimiu sua própria imagem a uma das peças, num sinal de pura simpatia
As propostas tem ainda bom humor: Kubo imprimiu sua própria imagem a uma das peças, num sinal de pura simpatia | Foto: Luiz Sérgio Carreiro/ Divulgação

Natural de Lins, há sete anos vive em Londrina . Longe de estar alheio à realidade e seguindo todas as recomendações de proteção contra a Covid-19, Kubo cumpre o isolamento, mas encontra tempo para unir ideias, ferramentas e fazer arte.

Recentemente, fez máscaras de proteção facial para incentivar o uso e ainda ensinou como fazer, deu o molde e fez uma estampa autoral. A novidade da vez são as séries "Ceramic by Carlos Kubo" e "Aparadores by Carlos Kubo", recém-produzidas. .

"A ideia de criar o projeto Kubo Design e, em especial, das séries "Ceramic by Carlos Kubo" e "Aparadores by Carlos Kubo", veio à tona durante a quarentena, onde vislumbrei a possibilidade de criar uma arte que pudesse estar associada a momentos de aconchego com nossos familiares e em nossos lares, ainda mais em períodos tão difíceis como esse que estamos passando. Estes itens são os primeiros de uma série de outros, que estão a caminho e sempre com o sentido de unir a arte com as pessoas a quem queremos bem", conta.

Os tsurus, símbolos de longevidade e felicidade são referências do autor, estão presentes no atual trabalho, assim como a cor vermelha, alusiva à bandeira da terra do sol nascente, onde Kubo também é reconhecido. O retrato da jovem nissei em preto branco é rompido pelo batom carmim e a originalidade das propostas tem ainda bom humor: Kubo imprimiu sua própria imagem a uma das peças, num sinal de pura simpatia. "A escolha das imagens foi baseada no colorido intenso para alegrar ainda mais o ambiente", diz. Além de funcionais, as cerâmicas acolhem, aconchegam e promovem perspectivas.

Quem diria, o artista plástico que já correu o mundo e escolheu Londrina para se aposentar, não para de produzir. Lá estão os tsurus do Calçadão e os painéis que cobrem o muro do cemitério São Pedro, para citar recentes trabalhos em Londrina.

Em agosto do ano passado, foi convidado pela multinacional francesa GL Events e expôs na 19ª Bienal Internacional do Livro um painel de glicée de 11 metros de altura por 30 de largura, mais duas esculturas de aço de 300 quilos cada. Artistas como Eduardo Kobra, Linda Valente e Marcelo Ment também inauguraram obras no evento. Para colocar em prática todo o projeto, teve o apoio profissional das empresas Winn Fashion e Fabreck.

A obra levou uma semana para ser concluída e a cada dia eram 12 horas de dedicação. O tema, os tsurus, que há 10 anos perseguem Kubo, chegaram em bando à Bienal que escolheu homenagear o Japão. Em nossa cidade, Kubo se faz verdadeiro cidadão e abraça a cidade. Não por acaso, uma das sugestões de uso da peças de cerâmica é uma pausa para um café, um dos símbolos de Londrina.

Segundo o artista, as dimensões das cerâmicas são 9,5x 9,5cm e o processo para a execução foi o de sublimação. "A imagem é impressa no papel apropriado e depois, através do calor, é fixada na peça de cerâmica", explica.

Já o aparador, que pode ser usado como jogo americano a impressão é feita em uma base branca rígida do tamanho 30x40cm usando tinta UV para ter uma coloração constante", destaca. Na galeria, há 23 criações para serem visitadas.

Serviço:

"Ceramic by Carlos Kubo" e "Aparadores by Carlos Kubo"

As peças estão disponíveis na galeria http://carloskubo.com.br/kubo-design.html

Para adquirir, basta entrar em contato pelo email: [email protected]