São Paulo, 27 (AE) - Criada nos anos 50 como Associação Brasileira dos Críticos de Teatro, a Associação Paulista de Críticos de Arte, a APCA, surgiu oficialmente no começo dos 70. Desde então, cumpre um ritual: escolhe em dezembro os melhores do ano e faz em março do ano seguinte a festa de premiação. Amanhã (28) à noite, no Teatro Municipal, os melhores de 1999 sobem ao palco para receber o troféu criado por Francisco Brennand.
É uma das novidades da festa. Anualmente, a APCA entregava um troféu diferente, criado por um dos artistas plásticos que deveriam receber o prêmio. Após a extraordinária aceitação que o troféu de Brennand teve no ano passado, ficou instituído como permanente.
A festa tem o patrocínio da SCI Equifax. Começa às 20 horas. Os apresentadores serão Lu Grimaldi, prêmio revelação de TV do ano passado, pela novela "Terra Nostra", e Rogério Cardoso, que ficou famoso como Salgadinho e foi melhor ator coadjuvante, também de TV, em 1998, por "Hilda Furacão". Pelo glamour, os prêmios para os melhores da televisão são, em geral, os últimos a ser entregues na cerimônia que, no ano passado, durou três horas.
"Auto da Compadecida", de Guel Arraes, ganhou o grande prêmio da crítica na categoria TV; "Terra Nostra" foi o melhor programa; Matheus Nachtergaele, o melhor ator, por Auto da Compadecida, e Débora Duarte, a melhor atriz, por "Terra Nostra. O SPTV - 1.ª Edição foi considerado o melhor jornalístico.
"Santo Forte", de Eduardo Coutinho, foi o melhor filme
mas o melhor diretor foi Carlos Reichenbach, por "Dois Córregos - Verdades Submersas no Tempo. Os melhores atores vieram de "O Primeiro Dia", de Walter Salles e Daniela Thomas: Luiz Carlos Vasconcelos e Fernanda Torres. O melhor roteiro foi o de Domingos de Oliveira e Priscilla Rozembaum para "Amores". A melhor fotografia, a de Afonso Beato, em "Orfeu", e o diretor estreante, Cláudio Torres, pelo episódio "Diabólica, de Traição".
Na categoria rádio, a Eldorado AM ficou com o melhor jornalismo. Heródoto Barbeiro, da CBN, foi o âncora do ano passado. Em dança, o grande prêmio foi para o Estúdio Nova Dança; Sandro Borelli foi o melhor bailarino, por "Bent", e Márcia Milhazes, a melhor coreógrafa, por "A Rosa e o Caju". O grande prêmio de literatura foi para José Alcides Pinto, pelo conjunto da obra. Carlos Nejar, o melhor poeta, pelo "Livro de Silbion". "Nur na Escuridão", de Salém Miguel, foi o melhor romance.
Em artes plásticas, o grande prêmio da crítica foi para o Instituto Itaú Cultural e a melhor exposição, "Brasileiro Que nem Eu... Que nem Quem?", com curadoria de Bia Lessa, no Museu da Casa Brasileira. O grande prêmio de música erudita foi para João Dias Carrasqueira; o melhor regente foi Ricardo Kanji. Em música popular, Lenine mostrou o melhor disco ("Na Pressão"). Zeca Baleiro foi o melhor cantor, pelo CD "Vô Imbolá", e Mônica Salmaso, a melhor cantora, por "Voadeira. Ela faz o show da premiação, cantando três músicas.
O melhor espetáculo de teatro infantil foi "O Terror dos Mares. A melhor direção, a de "O Malefício da Mariposa", da Cia. Pia Fraus. Eduardo Silva foi o melhor ator de infantil, por Foi Ela Quem Começou...", e Sandra Vargas, a melhor atriz, por O Anjo e a Princesa. "Navalha na Carne" foi o melhor espetáculo de teatro do ano, na montagem do Tapa. Antônio Fagundes foi o melhor ator, por "Últimas Luas", e Sueli Franco
a melhor atriz, por Somos Irmãs". O melhor diretor foi Antunes Filho, do CPT, por "Fragmentos Troianos".