O futebol tem perdido referências lógicas de valores salariais. Do time ao preparador físico, passando por técnicos, jogadores, diretores e assessores, os valores têm se tornado astronômicos. E isso tem relação direta com o “negócio” que o futebol se transformou. Tudo virou uma marca.

Qualquer sucesso de vendas acontece a partir de identificação, valorização e durabilidade de consumo de uma marca. O mundo da mídia se fortalece assim. E nem é o sabor, a qualidade ou a beleza de um produto, mas se consome muito mais uma marca: Coca-Cola, Mercedes, Ferrari, Louis Vuitton e tantas outras.

Com o volume de dinheiro que o futebol atrai hoje em todo o mundo, quem enxergou esse caminho e não só olhou pelo lado de sucesso e resultados está colhendo muito mais rápido. Os times europeus que fazem pré-temporada na Ásia ou América, não levam penas seus elencos de estrelas, mas levam a marca de um time que expande negócios. Jogadores e técnicos vão passar, mas a marca precisa ficar e será tão mais eternizada quanto for o cuidado de manutenção de imagem.

E quando falamos de marcas, os valores são perspectivas potenciais de receitas não totalmente mensuráveis, mas projetáveis. É o famoso valor agregado que cada um carrega consigo, sem ter exatamente a cifra real. Um jogador vende camisas, traz novo público consumidor, tem espaço diferenciado na mídia e isso significa potencial financeiro de venda para a marca que ele representa. Algo lógico. Um técnico não vende camisas, mas seu histórico agrega àquela marca com seu perfil, qualquer que seja.