SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Vinicius Junior ouviu frequentemente a mesma crítica desde que se apresentou ao Real Madrid, na metade de 2018, ainda um garoto de 18 anos. A finalização era provavelmente a parte de seu jogo que mais precisava de ajustes.

O problema foi um dos motivos que fizeram o técnico Zinédine Zidade preterir o brasileiro, por ele utilizado como reserva. Foi Carlo Ancelotti, substituto de Zidane, quem apostou no brasileiro, autor do gol do título da Liga dos Campeões de 2021/22.

A partir da chegada do italiano, no início da temporada, o atacante, agora com 21 anos, ganhou espaço. Evoluiu nas conclusões e, ainda que o grau de dificuldade não tenha sido alto, com o goleiro Alisson praticamente batido na jogada, acertou o chute mais importante de sua jovem carreira no futebol, definindo o triunfo por 1 a 0 sobre o Liverpool na decisão.

"Sou a pessoa mais feliz deste mundo. Depois de uma temporada tão longa, com jogos tão especiais e tão importantes, chegou o mais bonito. Não tenho ainda noção do que estou vivendo, do gol que fiz pelo maior clube do mundo, na maior competição do mundo", afirmou Vinicius.

Elogiado por Ancelotti e chamado pelo companheiro Benzema de um dos melhores jogadores do mundo, o brasileiro diz apenas estar começando. Segundo ele, há muito a crescer --nas finalizações e em outros quesitos-- e a conquistar no esporte.

"Não quero parar por aqui. Quero continuar trabalhando muito, como trabalhei até aqui, para ganhar tantas Champions quanto alguns dos jogadores que estão aqui", disse o jovem fluminense, que recordou suas origens enquanto abraçava a taça europeia.

"Eu batalhei bastante. Saí de São Gonçalo. Quando cheguei aqui, com 18 anos, Casemiro, Marcelo, esses caras me ajudaram bastante. É agradecer a eles também", afirmou.