Estou fora de Londrina há 14 anos, e uma das coisas que mais sinto saudade é de ir ao Estádio do Café. Na última quarta-feira acompanhei o jogo contra o Coritiba pelo rádio. Duplo saudosismo: o rádio e o Tubarão em campo. E como é possível fazer mais de uma atividade quando se ouve rádio, navegava pelas redes sociais. E fui me surpreendendo com tantas fotos de amigos que estavam no estádio para assistir ao jogo, e com a camisa do time.

O jogo, eletrizante no rádio pelo número de gols foi construindo uma história de “dejá vu” dentro e fora de campo. Dentro, dos jogos épicos contra o Coxa; fora, da vibração de um time jogando com disposição para superar a inferioridade técnica, mas com apoio de uma arquibancada que acredita num novo tempo.

Pelas postagens dos que estavam no estádio e transmissão, era possível sentir um resgate: o torcedor do Tubarão estava feliz de estar ali novamente, de ver o time numa nova atmosfera para criar uma nova história. E o jogo relembrou tempos difíceis quando foi buscar o resultado na base da superação.

Foram 2.660 pessoas presentes. Ainda é pouco, mas uma atmosfera muito melhor do que no passado recente. E a impressão que tive a distância foi confirmada pelos comentários do Lucio Flávio Cruz, que participou da cobertura do jogo pela FOLHA e Paiquerê 91,7, destacando que o clima do público naquela noite era de quem estava querendo um novo tubarão, desejando voltar a viver emoções do verdadeiro Londrina.

É um recomeço, mesmo com tanta história para trás. Agora, o resultado não pode ser o que vai mover a presença do torcedor, mas a presença que vai levar a resultados melhores num futuro próximo. E quarta-feira tem mais.