Às vésperas do início de mais um ano olímpico, mais de uma centena de treinadores de atletas de ponta do País estão reunidos no Rio de Janeiro para um seminário visando a Olimpíada de Tóquio-2020. A preparação inclui até mesmo profissionais cujos competidores nem mesmo se classificaram para a competição, o que reflete a confiança do Comitê Olímpico do Brasil (COB) em bons resultados mesmo depois do período turbulento que marcou o pós-Rio-2016.

"Vamos chegar melhor do que em 2016", diz, taxativo, o presidente do COB, Paulo Wanderley Teixeira. Ele assumiu a entidade em 2017, ano em que o comitê foi atingido em cheio por uma crise ética e financeira.

"Foi uma situação que atingiu a todos nós da sociedade brasileira, não só o esporte. Houve, sim, um declínio de investimento, mas aquele que houve para a Olimpíada (do Rio) foi totalmente atípico", comenta Wanderley. "O que foi planejado e está sendo executado agora está dentro da nossa expectativa."

O seminário que acontece no Centro de Treinamento Time Brasil, no Parque Aquático Maria Lenk, tem entre seus palestrantes treinadores renomados do Brasil e do mundo. Os temas incluem um pouco de tudo, desde estratégias de preparação até questões como fuso horário e jet lag.

"É para reforçar junto aos treinadores a atenção que a gente tem que ter pra Tóquio no planejamento, nos detalhes, numa fase final de preparação pra uns e de classificação pra outros", destaca Jorge Bichara, que é diretor de Esportes do COB. "São treinadores experientes, muitos já conquistaram títulos mundiais, mas o que a gente quer passar de informação é que quando os Jogos Olímpicos começam, começa tudo zero a zero."