Um Tubarão voraz!

É dessa forma que a torcida do LEC quer ver o time se comportar! Afinal, não foi à toa que o time ganhou o apelido de Tubarão, dado pelo jornalista Rubens Fernandes Cabral em 1976. Só para situar: no Paranaense daquele ano, o LEC iniciou a temporada jogando ofensivamente e goleando seus adversários coincidentemente no auge do filme Tubarão, de Steven Spielberg, no Brasil

O rival é superior tecnicamente? Sim, mas nada de temer e só jogar na defesa como dezenas de treinadores adotaram essa tática por aqui nos últimos anos.

Com dentes afiados e barbatanas engrenadas, o Tubarão atacou e mordeu o Furacão na tarde de sábado de sol escaldante - foi um crime contra torcedores, jogadores e quem esteve no estádio do Café jogar às 16 horas!

O ataque perdeu gols incríveis contra o Rubro-negro, mas Henrique recompensou todo o apoio da torcida - tão destratada e apedrejada na (já)era Malucelli - com um gol de talento e oportunismo. O um a zero foi pouco diante dos inúmeros gols perdidos, principalmente pelo Everton Moraes.

A vitória foi um prêmio ao belo futebol de um time humilde e sem tantos recursos técnicos e financeiros. Tudo isso destaca o promissor trabalho do técnico Emerson Ávila, que mineiramente vai conquistando jogadores e torcida.

Sim, o Tubarão pé vermelho voltou. Aliás, sem o sotaque sulista arrogante do ex-gestor. E assim, nessa união time e torcida, o LEC aniquilou dois invictos. Primeiro num categórico 3 a 1 sobre o Maringá FC, que não perdia desde a Série C de 2023.

E, no sábado, destruiu 29 jogos de invencibilidade do Athetico no Paranaense que vinha desde 2022. E, de quebra, derrubou o técnico rubro-negro Juan Carlos Osório.

Que venha a classificação no próximo domingo para premiar e selar esse casamento entre time e torcida.

Foi lindo ver o Café explodir e voltar a sorrir novamente com quase 15 mil torcedores, como há muito não se via.

* Só uma observação à Fundação de Esportes e à diretoria do LEC: respeitem os proprietários de cadeiras cativas. Muitos ficaram em pé ou longe de seus lugares no jogo de sábado contra o Athletico.

Claudemir Scalone é editor de Esporte