A semana é especial para os católicos no Brasil. Tem pausa, em feriado, para celebrar a padroeira que tantos milagres já concedeu e continua marcando presença na vida de tantas pessoas. Cada qual com sua fé e crenças, mas sem abandonar a necessidade de alguma proteção, seja de onde vier.

Imagem ilustrativa da imagem Um jogo de fé
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Nesta quarta, flamenguistas e corintianos estarão recorrendo ainda mais aos seus santos protetores. Os times de maior torcida do país se encontrarão em mais um confronto que será histórico. Tecnicamente não estão no mesmo nível na atualidade, mas as estratégias podem fazer com que haja um nivelamento e um embate mais igualitário do que foi na Libertadores.

Por isso, os paulistas devem suplicar mais a atenção de São Jorge, na eminência de forças extras para superar um dos melhores times do país nos últimos anos. De Arrascaeta, Pedro e Gabigol, juntos, já marcaram 67 dos 124 gols do time no ano. O santo guerreiro deve ser incorporado pelos jogadores que consideram a primeira partida primordial para chegar ao título no Maracanã. É como se o Dragão tivesse que ser combatido em duas etapas, sendo a primeira em casa.

Para os cariocas a causa não é impossível, pois a fase recente credita favoritismo mesmo jogando a primeira partida em São Paulo. São dois títulos em disputa nesta reta final de ano, e para que a pressão não aumente é fundamental aliviar já nesta primeira oportunidade. Mesmo confiantes, os flamenguistas precavidos não devem esquecer São Judas Tadeu e pedir um plantão cauteloso, pois sabem que o futebol tem o hábito de pregar peças e surpreender.

No final de semana os dois times pouparam seus times titulares no Brasileiro. E venceram seus adversários pelo mesmo placar. Na quarta, estarão todos mais descansados para brilharem. E ganhará o público. E ganhará o futebol. No dia de crianças aprontarem, que Jorge e Judas Tadeu auxiliem seus seguidores e todos sejam abençoados por N. Senhora Aparecida.

Julio Oliveira é jornalista e locutor esportivo da TV Globo - A opinião do colunista não reflete, necessariamente, a da Folha de Londrina