O Londrina acerta hoje os últimos detalhes para o lançamento do Cartelão da Sorte. O título de capitalização é mais uma cartada da direção do clube para arrecadar fundos para o projeto de voltar a Série B do Campeonato Brasileiro.
O empresário paulista Luís Reinaldo o nome completo não foi divulgado pelo presidente do LEC, Agostinho Miguel Garrote chega à cidade hoje para fechar o contrato. A empresa dele, cujo nome não foi revelado, administrará o Cartelão da Sorte, assim como já fez no Santos e Fluminense.
Garrote preferiu não dar muitos detalhes sobre o título de capitalização, mas adiantou alguns pontos. O Cartelão da Sorte será um carnê com 12 parcelas, com preço ainda a ser definido algo em torno de R$ 10 a R$ 15 mensais , que dá direito a concorrer a uma casa com um carro na garagem. O proprietário do título que pagar em dia as seis primeiras parcelas ganhará um brinde e, se manter o pagamento pontual durante os 12 meses, receberá um título da sede campestre do clube.
Julgamento O Londrina será julgado amanhã pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da Federação Paranaense de Futebol (FPF) pelos incidentes na partida contra o Atlético Paranaense, disputada no Estádio VGD, no dia 30 de março, pela semifinal do Campeonato Paranaense. O clube foi denunciado pela invasão de campo e pelo arremesso de uma lata de cerveja no gramado.
Os advogados do clube prepararam a defesa baseados nos boletins de ocorrência feitos com os dois torcedores responsáveis pelas infrações. O Londrina já foi punido pela CBF com uma multa de R$ 50 mil e terá que jogar a primeira partida da Série C em casa com portões fechados também devido a uma lata.
Investimentos O coordenador de futebol do clube, Sidiclei Menezes, reafirmou o compromisso com a Kelme, que fornece o material esportivo para o Tubarão e se reuniu com empresários paulistas ontem. Um grupo de investidores cariocas se encontra hoje para discutir a proposta feita pelo Londrina. ''Eles podem colocar dinheiro e jogadores ou só jogadores. A autonomia será de acordo com o investimento, mas nunca total'', afirmou Garrote.
O presidente do Roma Apucarana, João Vilson Antonini, o Kiko, foi cogitado também como possível parceiro. Ele disse ontem à Folha que não manteve nenhum contato com dirigentes alvicelestes. ''Fiquei sabendo desse boato por você. Não conversei com ninguém'', despistou Kiko, sem descartar um acordo. ''Agora me despertou o interesse. Posso ceder alguns jogadores e pagar os salários deles, como os volantes Daniel e Caldeira e o atacante Tiago''.