SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Apesar da vitória do Corinthians no clássico contra o Palmeiras, por 1 a 0, na última quarta-feira (22), na Arena de Itaquera, o primeiro jogo do clube na retomada do Campeonato Paulista levantou uma preocupação para o técnico Tiago Nunes e seus auxiliares em relação a quem será o "garçom" de Jô no ataque corintiano para a sequência da temporada.

A apreensão em relação ao companheiro de ataque do bicampeão brasileiro pelo Corinthians ganhou força após o fraco desempenho de três jogadores no clássico: Everaldo, Janderson e Mateus Vital. O primeiro iniciou como titular, enquanto os outros dois entraram no segundo tempo.

Há o entendimento de que o trio precisa ser mais agudo em campo, abusar mais do "um contra um" e finalizar mais a gol.

Tiago Nunes sofre para deixar o time do Corinthians mais objetivo em campo -o treinador ainda não conseguiu emplacar um futebol vertical no clube paulista. Com poucas jogadas de profundidade, como ocorreu no clássico contra o Palmeiras, Jô pode sofrer para receber bolas em condições de finalização.

Tiago Nunes quer evitar que "ligações diretas" sejam feitas ao ataque para Jô brigar no alto com os zagueiros, jogada que aconteceu bastante com o centroavante em sua última passagem no Corinthians e também no Atlético-MG.

Vale ressaltar que o Corinthians enfrentou dificuldades para reforçar o setor. Michael, ex-Goiás e hoje no Flamengo, foi o primeiro alvo do clube para o setor no mercado da bola. Sem Michael, o clube paulista evitou brigar com o Palmeiras por Rony, do Athletico-PR.

O Corinthians preferiu investir em Yony González, ex-Fluminense e que pertence ao Benfica, após pedido de Tiago Nunes. No entanto, por conta da pandemia do novo coronavírus, o colombiano não completou cinco jogos e foi devolvido ao clube português ao fim do empréstimo neste mês. O Corinthians aproveitou cláusula contratual para recuar da compra definitiva.