Tricampeão estadual, Athletico exalta a força da base

O Club Athletico Paranaense se sagrou tricampeão estadual após vencer o arquirrival Coritiba de virada, por 2 a 1, quarta-feira (5), no Couto Pereira, em Curitiba. É o 26º título do Furacão no Campeonato Paranaense. O Coxa precisava reverter o placar negativo do primeiro jogo, já que o Athletico havia vencido a primeira partida por 1 a 0, na Arena da Baixada, e jogava pelo empate para levantar mais uma taça.

A campanha da equipe rubro-negra teve 17 jogos, sendo 11 vitórias, três empates e três derrotas. O ataque balançou as redes 36 vezes. A defesa sofreu apenas 16 gols.Na primeira fase da competição, o clube usou sua equipe sub-23, como já ocorrera nos anos anteriores, e se classificou para a fase de mata-mata em terceiro lugar. Na retomada dos jogos após a paralisação provocada pela pandemia do novo coronavírus, o Furacão utilizou sua formação principal e eliminou sem dificuldades Londrina e FC Cascavel nas quartas de final e semifinal, respectivamente.

Em entrevista ao DAZN, o técnico rubro-negro, Dorival Júnior, fez questão de elogiar Eduardo Barros, que é o treinador da equipe sub-23. “Essa preparação toda foi o trabalho do Edu, do departamento amador do clube. Acho que essa garotada fez o que sempre fizemos ao longo de todo o ano, não só a equipe profissional, mas principalmente a equipe sub-23, que é a equipe comandada pelo Eduardo, dentro do Campeonato Paranaense. O profissional apenas oportuniza um degrau a mais”, ressaltou.

Segundo Dorival Júnior, a equipe perdeu 17 atletas e teve enormes dificuldades na montagem do grupo. "O sub-23 e a base é que estão dando essa resposta, porque a grande maioria das contratações nós não pudemos estrear até este momento. Parabenizo todo o departamento médico do clube, que fez um trabalho fantástico na recuperação de dois ou três atletas que foram fundamentais na noite de hoje (quarta). Tudo aquilo que programamos em relação à equipe do Coritiba foi cumprido à risca. A bola aérea do Coritiba, que é muito boa, nós neutralizamos nas duas partidas”, destacou o treinador.

O JOGO

As primeiras movimentações em campo foram de muita disputa de bola e procura pelo espaço. Aos 49 minutos do primeiro tempo, Adriano derrubou o coxa-branca Robson na área e a arbitragem assinalou a penalidade. Sabino foi para a cobrança e converteu. Com o resultado, a decisão iria para os pênaltis.

No segundo tempo o ritmo de jogo caiu até mesmo pelo cansaço das duas equipes. O Coritiba ia levando a decisão para os pênaltis até os 45 minutos do segundo tempo, no entanto sofreu a virada nos minutos finais. Aos 45' , o garoto Khellven chutou uma bomba de longe e empatou a partida. Logo depois, aos 47 minutos, o goleiro Muralha falhou em uma saída de bola, jogando-a nos pés de Nikão, e acabou sofrendo um gol de cobertura.