SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Quando criança, Ting Zhu morava com os país e outras quatro irmãs em uma fazenda no interior da China, na província de Henan. Segundo o pai, eles eram tão pobres que não tinham dinheiro para tirar fotografia das filhas. Alguns anos depois, a vida da família mudou quando Ting Zhu passou a fazer parte da seleção de vôlei, chegando à conquista do ouro nos Jogos Rio-2016.

Com grande atuação de Zhu, eleita a melhora jogadora da Olimpíada, a China dominou os rivais e venceu com autoridade, elevando o status das jogadoras.

Assim, Zhu foi contratada pelo Vakifbank, da Turquia, por um salário milionário, tornando-se uma das jogadoras mais bem pagas do mundo. Atualmente, ela atua no Tianjin, de seu país, para onde voltou para cursar História na Universidade de Pequim.

Mesmo conciliando o vôlei com a faculdade, sua fase é esplendorosa. Tanto que desde a Rio-2016 ela foi eleita a melhor jogadora e/ou melhor atacante de todos os torneios que disputou, por clube ou seleção.

A menina pobre do interior virou ídolo e motivo de orgulho nacional. Ao ponto de o governo pavimentar a estrada de terra que leva até seu vilarejo e dar a ela o nome de Rodovia Ting Zhu.

Quatro anos mais experiente, ela é a capitã de uma seleção alta e forte, favorita ao bicampeonato em Tóquio. Prova disso foi visto na Liga das Nações. Após disputar quase todos os jogos com reservas, as titulares voltaram no penúltimo duelo contra as até então invictas americanas e venceram por inapeláveis 3 sets a 0, sem dar chance às rivais.