RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - Afastado desde novembro por conta de uma lesão no joelho esquerdo, Thiago Maia vê o retorno aos gramados cada vez mais próximo. Neste complicado período de recuperação, o meio-campista do Flamengo descobriu o xadrez, se aproximou ainda mais do atacante Michael e fortaleceu a fé.

Contratado no início da temporada passada, o camisa 33 sofreu a lesão no momento em que vivia uma ascensão no elenco. Agora, a volta causa ainda mais expectativa pelo fato de ele ser apontado como provável substituto de Gerson, que está próximo se transferir ao Olympique de Marselha, da França.

Thiago Maia foi operado em dezembro, e havia uma previsão inicial de oito meses para seu retorno aos campos. O Rubro-Negro ainda adota muita cautela sobre o assunto, mas o técnico Rogério Ceni apontou otimismo ao comentar a possibilidade de contar com o volante já no mês que vem.

"Mesmo que não consiga trazer jogador caro [em caso de saída do Gerson], mas que consigamos, dentro do mercado nacional, achar alguém que possa suprir, compensar a ausência ou em alguma outra posição que a gente precise. O Thiago Maia acho que no mês de julho temos possibilidade de tê-lo. Tomara que volte bem", disse o comandante, após a conquista do Carioca.

O período longe dos gramados não foi fácil para o volante, que não escondeu que chegou a pensar em desistir. Na fé, porém, encontrou refúgio, e as visitas ao monte de Papucaia, em Cachoeiras de Macacu, no Rio de Janeiro, foram constantes.

"Após quase 6 meses da operação, me sinto cada vez mais forte e pronto para voltar a fazer o que mais amo. Foram momentos difíceis, de muita dor, sofrimento e, ainda mais, de saudade do estar dentro de campo. Cheguei até pensar em desistir, mas agora sei que tudo isso serviu para me fortalecer. A cicatriz no meu joelho é prova de uma batalha que preciso superar. Para isso sempre me apoiei na fé que me guia", afirmou, em trecho de publicação em que mostra a cicatriz no joelho.

O xadrez, jogo que Thiago Maia não praticava anteriormente, passou a ser um dos seus passatempos preferidos, além do reencontro com a sinuca, um amor já mais antigo.

A amizade com Michael também ganhou novos contornos. O atacante, que chegou ao Flamengo no mesmo período que o camisa 33 e foi apresentado ao lado dele à torcida, se tornou um parceiro durante a recuperação, até mesmo com caronas ao Ninho do Urubu.

Além disso, ele pôde reviver o lado torcedor. Rubro-negro declarado, esteve próximo ao elenco em diversos jogos e viu algumas partidas importantes da arquibancada.

Agora, o camisa 33 se torna um "reforço caseiro" e pode se tornar nome importante na montagem do time de Rogério Ceni. Com os direitos ligados ao Lille, da França, ele teve o contrato renovado em fevereiro, e o atual vínculo vai até o meio do ano que vem.