Áureo Nogueira
De Londrina
O técnico Wanderlei Luxemburgo está satisfeito com o desempenho do time que treina como titular nesta fase de preparação em Londrina e iniciou o jogo da goleada de 7 a 0 contra a seleção de Trinidad e Tobago, quarta-feira em Florianópolis. Mas ele ainda quer experimentar algumas variações táticas para disputar uma das duas vagas sul-americanas nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000, a partir da próxima quarta-feira.
Essa variação exige também a substituição de jogadores. A principal delas é a entrada de Athirson (Flamengo) na lateral-esquerda, com o titular Fábio Aurélio (São Paulo) passando para o meio-de-campo e o meia Fabiano (também do São Paulo), ou Baiano (do Vitória), para a lateral-direita. Mancini (do Atlético-MG) sairia da lateral-direita e iria para o banco de reservas.
Luxemburgo admite, ainda, a possibilidade da substituição de mais um jogador no meio-campo. Mas não deu nenhuma ‘pista’ de quem pode entrar nem de quem sairia.
Em Florianópolis, Luxemburgo fez seis substituições de uma vez: Athirson no lugar de Fábio Aurélio; Adriano (Atlético-PR) substituiu Mancini mas atuou na meia-direita, com Fabiano ocupando a lateral-direita; Alex (Palmeiras) cedeu lugar a Edu (São Paulo); Ronaldinho (Grêmio) a Warley (Udinese, da Itália) e Fábio Júnior (Roma) a Lucas (Atlético-PR). Minutos depois, trocou Fábio Bilica (Venezia, da itália) por Cris (do Cruzeiro).
Tanto o time que começou quanto o que terminou o jogo agradaram ao técnico, mesmo reconehcendo a fragilidade da seleção caribenha. ‘‘O time se movimentou intensamente, variando as jogadas em ambos os lados do campo e marcou a saída de bola de Trinidad e Tobago’’, destacou Luxemburgo, acrescentando que os substitutos mantiveram o nível, demonstrando que todos têm condições de ser titular.
O técnico da seleção reiterou que a escalação de Baiano, Mozart e Fabiano (considerados jogadores defensivos) não representa que o time seja ‘‘retranqueiro’’. ‘‘Mozart e Fabiano têm uma condição atlética estupenda, que lhes permite atacar e retornar para o combate. É assim que eles jogam no Coritiba e São Paulo’’, argumenta.
Athirson e Fábio Aurélio – que disputam a vaga da lateral-esquerda, mas podem até jogar no mesmo time –, demonstram tranquilidade e respeitam as opções táticas de Luxemburgo. Tanto um quanto o outro enfatizam que mais importante do que ser o titular é contribuir para que a Seleção Brasileira vença o Pré-Olímpio ou, pelo menos, conquista a segunda vaga do continente nas Olimpíadas de Sydney.
‘‘Estamos nos dedicando para ser titular e sabemos que vai jogar quem estiver melhor. Independente de ser ou não escalado, o importante é que o Brasil garanta vaga nas Olimpíadas’’, disse o lateral do São Paulo, sendo endossado pelo do Flamengo.
Mesmo demonstrando a disposição de contribuir para a classificação do Brasil, Fábio Aurélio disse que o técnico Luxemburgo nada lhe falou sobre a possibilidade de ser deslocado para o meio-de-campo e respondeu sem rodeios que prefere jogar na lateral-esquerda.
‘‘Atendo a qualquer pedido do professor, mas prefiro jogar na lateral, que é minha posição de origem’’, disse o jogador do São Paulo na coletiva de ontem à tarde no Cristal palace Hotel, local de concentração dos brasileiros.