Foi uma partida disputada até o final. Taboão Magnus (SP) e Leoas da Serra (SC) protagonizaram na manhã deste domingo (28), no Moringão, um grande jogo para decidir quem ficaria com o título da 30ª Taça Brasil de Futsal Feminino. E a equipe paulista levou a melhor, com placar de 2 a 0.

Durante boa parte do primeiro tempo, a tônica foi a mesma: as jogadoras do Taboão mantendo pressão no ataque, e as do Leoas respondendo com sua solidez defensiva. A equipe catarinense até teve algumas chances, mas não conseguiu converter.

Na etapa complementar, o roteiro continuou semelhante, com destaque para a goleira Re, do Leoas, que salvou o time em vários momentos. Mas, a pressão do Taboão surtiu efeito e Luana, aos 33 minutos, e Lívia, aos 36, deram números finais à partida.

A técnica Cris Souza, do Taboão, destacou que esse “é o maior clássico do futsal feminino da atualidade”, e que sabia que a final seria resolvida no detalhe.

“Uma bola roubada, depois uma outra transição que a gente acreditou até o final e está aí a vitória para o Taboão”, ressaltando que era o título que faltava para a equipe, e que há muitos anos São Paulo não conquistava a Taça Brasil. “A gente veio com esse propósito, se concentrou muito, trabalhou incansavelmente e estudou muito cada adversário para chegar nessa final e, mesmo com todo o desgaste, ter condições de ganhar.”

A equipe paulista estava no Grupo A e se classificou na fase de grupos com três vitórias e um empate; nas quartas de final, goleou o Copag (TO) por 7 a 1; nas semis, superou o Londrina Futsal por 6 a 2.

“É uma competição muito bonita, grandes equipes participando e a gente pegou uma chave bem desafiadora. Tivemos sete jogos, então o desgaste das atletas a gente conseguiu visualizar no jogo de hoje, por mais que a gente tenha trabalhado muito para que isso fosse minimizado”, resumiu Souza.

ORGANIZAÇÃO

O presidente da CBFS (Confederação Brasileira de Futebol de Salão), Marcos Antonio Madeira, destacou a receptividade em Londrina e a qualidade do “novo” Moringão, que foi entregue à comunidade após uma reforma de quatro anos, e que teve a Taça Brasil como primeira competição esportiva.

“Se abre mais uma porta, mais um local de competições para eventos nacionais. Isso é muito importante, e tenho certeza que vai ser um marco para o futsal feminino essa 30ª Taça Brasil de Clubes”, disse.

Madeira ainda apontou que o certame “foi excelente”, com bom nível técnico das equipes que participaram. “A equipe de Londrina saiu, mas realmente fez uma ótima campanha”.

LONDRINA

A técnica do Londrina Futsal, Jayne Borim, disse que a equipe sabia da dificuldade da competição, pois já vem encontrando esses adversários na Liga Nacional e em outros campeonatos. Não à toa, a perspectiva, segundo a treinadora, era ficar entre as quatro melhores.

“Porque nosso elenco é muito jovem, e justamente pela estrutura que temos, a gente tenta formar duas equipes, que é o Sub-20 com o Adulto, e ter chegado entre os quatro foi de extrema importância para o nosso projeto e para a sequência do nosso trabalho em outras competições”, reconhecendo o resgate da torcida como o ponto mais importante, com muitas famílias acompanhando os jogos. “A equipe do Londrina perdura há mais de 30 anos com projetos no futsal feminino, e a gente ficou muito feliz com esse resgate principalmente do torcedor londrinense, que há muito tempo a gente não via.”

Com o fim da Taça Brasil, a equipe londrinense vira a chave e passa a se concentrar em outras competições. Na próxima quarta-feira (31), enfrenta o Marechal Cândido Rondon pela Série Ouro do Campeonato Paranaense. No sábado (3), pela Liga Nacional, viaja até Lages (SC) para enfrentar o Leoas da Serra.

“O Paranaense hoje é um dos campeonatos mais importantes do país, não só no número de participantes, mas também na qualidade. Hoje é um campeonato que dá muita visibilidade”, destaca Borim, citando ainda os Jogos Abertos e as disputas na categoria Sub-20. “O calendário da nossa equipe é extenso, temos competição até dezembro.”