SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Na última segunda-feira (18), logo após a derrota para o São Paulo no Morumbi, o técnico Sylvinho voltou a explicar sua preferência por um posicionamento mais conservador de seus laterais.

A tática tem feito do Corinthians uma das equipes mais sólidas do Campeonato Brasileiro no aspecto defensivo. Por outro lado, no entanto, tem reduzido a produção ofensiva dos atletas daquele setor.

Nesta temporada, o Corinthians viu apenas quatro de seus 28 gols na Série A serem criados pelos laterais, o que representa 14,2% de toda a produção da equipe.

O canhoto Fábio Santos deu três assistências aos seus companheiros, enquanto Fagner deu um passe para gol do colombiano Cantillo, diante do Bahia, na Neo Química Arena.

Nas duas últimas participações do Corinthians no Brasileiro, os números ofensivos dos laterais foram superiores.

Em 2020, os jogadores da posição participaram de 17,7% dos gols da equipe —desconsiderando os três gols de pênalti de Fábio Santos—, enquanto, em 2019 —ano em que o clube alvinegro garantiu vaga na Copa Libertadores da temporada seguinte—, a produção foi de 21,4%.

"O Fábio tem cruzado para gol, o Fagner já passou do meio, e, quando dá, eles passam do meio de campo. Só que são primeiro defensores. Se eu quiser um atacante, coloco o GP", explicou Sylvinho ao ser questionado sobre o tema após a derrota no Majestoso.

Desde sua chegada ao clube do Parque São Jorge, o treinador tem focado na construção de um sistema defensivo sólido e conta com o trabalho dos laterais para isso.

A parte criativa fica por conta dos atacantes escalados abertos pelas beiradas do campo, como são os casos de Gustavo Mosquito, Adson e Gabriel Pereira, citado pelo treinador.