SUÍÇA 2X1 EQUADOR
No fim, o tempo venceu a emoção

O tempo, ah, o tempo... Esse senhor cuja função é a de contar os passos para o início e fim de nossas vidas ontem vestiu a camisa vermelha para privilegiar seus amigos: os suíços. Conhecidos por seus laços estreitos com esse comandante invisível da natureza humana, eles bateram o Equador por 2 a 1 ontem.
A partida começou e, por 15 minutos, o tempo prendeu milhares de torcedores equatorianos em imensas filas do lado de fora do Mané Garrincha. A ação matreira dificultou à torcida sul-americana ver como seu time começou bem e no ataque, mas, felizmente, não impediu que assistissem ao Equador inaugurar o marcador, aos 22 minutos da etapa inicial.
Sem sucesso na primeira tentativa, o tempo pareceu conformado. Mas recebeu uma ajuda dos jogadores equatorianos, que, com a vantagem parcial, abdicaram do ataque e permitiram que a Suíça pressionasse.
Só que os suíços são tão ruins que nem assim empataram. Intervalo de jogo, o tempo corre no vestiário da equipe europeia, e o técnico Ottmar Hitzfeld coloca em campo Mehmedi. E três minutos bastaram para o atleta empatar o jogo.
Daí em diante, o que se viu foram os suíços no ataque. O Equador, encolhido, agora temia as investidas do adversário e tentava aproveitar os lampejos de Montero nos ataques.
Até que a emoção entrou em campo, quando até o tempo havia desistido. Arroyo perde um gol feito, o time equatoriano se descuida, e, em um contra-ataque fulminante, a Suíça, com Seferovic, faz o gol da vitória, com dois minutos além do tempo regulamentar, encerrando e a partida.