Foram quatro jogos no Estádio do Café em 2009. Dois empates e duas derrotas, a última delas por goleada - 3 a 0 para o Nacional, domingo. Quatro atuações pífias. Quatro vezes o time deixou o campo vaiado. A síndrome do Café demorou, mas fez a sua vítima. Ontem, no início da noite, o técnico Mauro Madureira foi informado de que estava fora do clube, assim como o preparador físico Paulo Alexandre. Amanhã, contra o Iraty, às 15 horas, fora de casa, o auxiliar-técnico Adalberto de Jesus comandará a equipe interinamente.
Foi um dia longo. Reuniões pela manhã, no início, no meio e no fim da tarde, até que saiu a decisão. A alegação foi justamente as apresentações em Londrina, de acordo com o gerente de futebol, Udelton Prates. ''Futebol é resultado e o resultado não veio em casa'', disse.
Madureira havia pedido mais uma chance para mostrar que podia continuar. Já a diretoria, corria atrás dos parceiros em busca de ajuda para pagar a rescisão do treinador, já que a decisão de mantê-lo ou não dependia de dinheiro.
Enquanto isso, houve a reapresentação do elenco. Madureira e sua comissão técnica conversaram com os jogadores por mais de uma hora no centro do gramado. Cobrou, ouviu justificativas, cobranças, muita gente falou. Depois, foi a vez do elenco se reunir com o gerente. ''A gente queria a permanência do Mauro e fomos pedir um voto de confiança até quarta-feira, para a gente dar a resposta no campo'', afirmou o lateral Wesley, antes da demissão. Ele foi o único que falou com a imprensa ontem, já que o elenco decidiu que ninguém daria entrevistas.
Madureira só foi informado no início da noite, nos vestiários, após o treinamento. Ele deixa o clube em sua segunda passagem com três vitórias, três derrotas e dois empates. ''Faz parte do futebol e a gente tem que ser coerente. Se você não tem resultado, não tem quem segura o treinador'', disse Madureira.
O nome do novo treinador deve ser anunciado na quarta-feira. Cláudio Tencatti, que iniciou o Estadual no Paranavaí, é um dos candidatos. Outra possibilidade é a efetivação de Adalberto de Jesus no cargo.