Simulação aprova equipe de resgate de Interlagos18/Mar, 13:25 Por Livio Oricchio São Paulo, 18 (AE) - Como manda a regra, a equipe de resgate e médica do GP do Brasil de Fórmula 1 simulou hoje o atendimento a um "piloto acidentado" em Interlagos. Desde a "pancada" no muro na reta dos boxes até os primeiros socorros 38 segundos se passaram, enquanto o helicóptero demorou 4 minutos para chegar ao Hospital Duprat, para onde serão encaminhados os acidentados. Marcas que o coordenador médico do GP, João Makovinic, considerou "boas." Sete carros da escola de pilotagem de Aldo Piedade, ex-piloto, "disputaram" uma corrida. O primeiro exercício foi a retirada de um concorrente que não largou. Interlagos apresenta uma séria dificuldade para a direção de prova: para remover um veículo do grid é preciso empurrá-lo até a entrada de box porque não há outra saída. Se por alguma razão os comissários tiverem qualquer problema para a remoção, é necessária a presença do Safety Car na competição, até que o carro seja retirado. No teste, por tratar-se de um veículo mais fácil de deslocar que um da F-1, não houve dificuldades. Durante a "corrida", um piloto simulou bater no muro em frente aos boxes. A equipe de resgate chegou em 38 segundos. Quase ao mesmo tempo uma ambulância se aproximou com os médicos. "Gostei da forma como eles enfrentaram o estresse natural desses exercícios", disse Makovinic, orientador do grupo. "Os procedimentos de imobilização foram seguidos com perfeição." Há uma certa distância entre o que se fez hoje em Interlagos e o que pode ocorrer durante a realização do GP de F-1. Os bancos dos pilotos da F-1 são únicos, concebidos especialmente para seus carros. A conduta de imobilização difere da de todos os demais. "Terça-feira receberemos esse banco (usado desde o ano passado na F-1) para treinarmos a equipe", disse Makovinic. Se o simulado foi facilitado pela ausência do banco, a impossibilidade de retirar o volante no carro utilizado dificultou bastante a ação dos comissários. "O acesso ao piloto num carro de F-1 é bem mais fácil", diz o médico, que durante o GP trabalhará sob a orientação de Sid Watkins, médico da F-1 desde 1978. Dentre as novidades da pista este ano está a construção de algumas vias de acesso a pontos onde a probabilidade de um piloto se acidentar é maior, como no caso do início da Reta Oposta, no chamado Muro do Berger. "Entre a barreira de pneus e o término da caixa de brita há uma faixa para o deslocamento dos veículos de serviço", explica o diretor da prova, Carlos Montagner. "É sem dúvida um fator a mais de segurança."