Série B tem de velhos conhecidos a estreantes no comando técnico
Botafogo e Vasco apostam em treinadores sem grife, mas com acessos no currículo
PUBLICAÇÃO
terça-feira, 25 de maio de 2021
Botafogo e Vasco apostam em treinadores sem grife, mas com acessos no currículo
Diego Prazeres - Grupo Folha
A menos que situações extracampo ou outras contingências façam novas vítimas até o final da semana, 19 clubes que disputarão a Série B 2021 estão com suas comissões técnicas definidas. Apenas a Ponte Preta ainda não escolheu seu treinador para a competição, que já começa nesta sexta-feira (28).
Na Macaca, Fábio Moreno voltou à coordenação técnica após dirigir o time no Paulistão e ficou de ajudar a diretoria a contratar seu substituto.
O Guarani também estava sem treinador desde a demissão de Alan Aal após a eliminação nas quartas de final do Paulistão, diante do Mirassol. O Bugre anunciou Daniel Paulista, 39 anos, ex-Confiança, no final de semana. Aal, 42 anos, foi confirmado ontem pelo CRB como o substituto de Roberto Fernandes, que caiu após a perda do título alagoano para o CSA no domingo (23).
O perfil dos comandantes em ação na Série B revela veteranos de longa estrada, a chamada nova geração e os marinheiros de primeira viagem, aqueles que vão debutar na competição.
Puxa a fila dos mais velhos Hélio dos Anjos, que aos 63 anos está mais revigorado do que nunca. Acaba de ser campeão pernambucano pelo Náutico e com direito a quebra de um longo tabu: há 53 anos o Timbu não derrotava o Sport em decisões (a última vez fora em 1968).

A seguir vem Paulo Bonamigo, 60 anos, que recolocou o Remo na Série B depois de 14 anos. Ele assumiu o time durante a Série C do ano passado e tem a tarefa de fazer o Leão rugir mais alto neste retorno à competição que o clube não disputava desde 2007.
Na faixa etária dos cinquentões aparecem treinadores de certa bagagem na Série B, a começar por Roberto Fonseca, 58 anos, que quase levou o Londrina às cabeças em 2018 e vai tentar repetir a dose neste ano. Experiência também não falta a Pintado, 55, que subiu o Juventude para a elite ano passado e agora comanda o Goiás, e Wagner Lopes, 52, do Vila Nova.
Com investimentos mais modestos de quando estavam no primeiro escalão do Brasileirão, Botafogo e Vasco também confiam em dois treinadores com cancha na Série B para voltarem ao primeiro andar: ambos Marcelo, ambos de 54 anos. O Chamusca, no Fogão, levou o Ceará à elite em 2017 e ano passado ajudou a classificar o Cuiabá (saiu antes do acesso). E o Cabo, do Vasco, já fez o mesmo com o Atlético-GO.
Entre os quarentões, um velho conhecido da torcida do Tubarão: Cláudio Tencati, 47, o último técnico campeão pelo clube, dirige o Brasil, que estreará justamente contra o LEC, na sexta, em Pelotas. O Vitória manteve o ex-lateral Rodrigo Chagas, 49, no comando. E há ainda o paraguaio Gustavo Morínigo, 44, já pressionado no Coritiba depois da eliminação logo na primeira fase do Paranaense, e Felipe Conceição, 41, aposta do Cruzeiro na tentativa de reverter o vexame de 2020, quando a Raposa penou para não cair à Série C e ficou distante do acesso.
PRIMEIRA VEZ
Aquela que já tem sido rotulada a Série B mais competitiva dos últimos tempos também terá os treinadores de primeira viagem. Todos da chamada nova geração, têm em comum a oportunidade de dar um salto na carreira. Jerson Testoni, 40 anos, do Brusque, chega com o status de ser o técnico mais duradouro nas principais divisões do Campeonato Brasileiro - em outubro ele completará dois anos no comando da equipe quadricolor catarinense.
O português Daniel Neri, 41, do Sampaio Corrêa, é outro estreante, assim como Bruno Pivetti, 37, do CSA.
Entre os caçulas estão dois treinadores com certa “rodagem”, Rodrigo Santana, 38, do Confiança, ex-Atlético-MG e Coritiba, e Matheus Costa, 34, do Operário, que já dirigiu Paraná, Confiança e Paysandu.


Thiago Nassif
Gente
Leia Gente por Thiago Nassif no Jornal Folha de Londrina que desde 1948 informa com ética, qualidade e independência editorial.

