Fechado desde o último dia 24 de abril, o ginásio Moringão não tem data para ser reaberto e voltar a receber partidas das modalidades esportivas. Por meio de nota, a Prefeitura de Londrina confirmou à FOLHA que a estrutura do piso segue desmontada. Isso ocorre porque a empresa Exlan Pisos, de Foz do Iguaçu, pediu aumento no prazo para recolocar as placas de madeira no local.

No fim do mês passado, foi feita uma perícia no Moringão a pedido da Justiça, por solicitação da empresa para se defender de uma acusação da Prefeitura. O poder público alega que defeitos no piso foram provocados pela Exlan, ainda no momento da instalação, em 2023. Já a empresa aponta a Prefeitura como culpada, indicando mau uso das instalações e falhas no momento da limpeza.

A Fundação de Esportes de Londrina (FEL) ainda aguarda a finalização dos trabalhos da perícia determinada pela Justiça. O perito solicitou novas informações e documentos sobre o ginásio. Vale destacar que mesmo que os pisos sejam recolocados, dificilmente as modalidades de quadra de Londrina irão voltar a jogar no Moringão de imediato. Isso porque várias placas que sustentam o material foram danificadas, impossibilitando a retomada das partidas.

Exigências descumpridas

Além dos problemas no piso, a Prefeitura informou que identificou descumprimento de exigências previstas no edital de licitação. Entre os documentos não entregues pela empresa estava a chancela da Confederação Brasileira de Basquetebol (CBB), entidade indicada para avaliar e homologar o tipo de piso de madeira utilizado em ginásios esportivos.

Segundo o poder público, a Exlan teria sido notificada para apresentar o documento, mas não o fez, caracterizando descumprimento do contrato.

"A Fundação solicitou que a empresa apresentasse o referido documento, mas a Exlan informou que não o possuía. Ou seja, estava em desacordo com o edital. A partir dessa situação, já com a presença de vários problemas no piso, a Fundação de Esportes e o município decidiram cancelar o pregão e abriram um processo, com notificação administrativa à empresa para a devolução do valor integral que havia sido investido", comunicou a Prefeitura. O valor investido no piso foi de R$ 1.169.136,40.

Apesar das justificativas, a empresa entrou na Justiça solicitando a realização da perícia que fechou o Moringão. A Exlan recusou o valor inicialmente definido para o serviço, em torno de R$ 30 mil, e ingressou com recurso no Tribunal de Justiça. Após consultas técnicas, o valor da perícia foi reajustado para cerca de R$ 25 mil. A empresa solicitou o parcelamento do montante.

Fora do Moringão

Enquanto o Moringão segue sem previsão de reabertura, as modalidades de quadra buscam novas casas. O Londrina Futsal, que disputa o Campeonato Paranaense e a Liga Nacional (LFF), já mandou partidas no ginásio Munhecão, em Ibiporã, e no próximo sábado (31) vai jogar no ginásio Domingão, em Jataizinho, às 16h, contra o Stein Cascavel pela LFF.

Outra modalidade que buscou outra casa foi o Londrina Vôlei, que começa a disputar o Campeonato Paranaense Feminino em junho e deve mandar suas partidas no ginásio da Unifil.

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