Curitiba, 04 (AE) - A seleção brasileira sub-23 iniciou hoje, em Londrina, o treinamento em dois períodos, preparando-se para o Torneio Pré-Olímpico, mas ainda não resolveu o problema da presença ou não do atacante e capitão Denílson na estréia, dia 19, contra o Chile. O jogador vem recebendo ameaça de dirigentes do Real Bétis, clube espanhol em que atua, de ter o contrato de imagem rescindido, caso não se apresente para jogar contra o Mérida e o Athletic Bilbao, nos dias 9 e 16. O Brasil joga amistosos dia 12, em Florianópolis, e dia 15, em Maringá.
Hoje à tarde, havia expectativas da ida do procurador do jogador, Luís Viana, para definir a situação de Denílson. "Por enquanto, estou procurando ficar longe desses problemas", disse o atacante. "O maior prejudicado pode ser eu e não quero ser prejudicado nem aqui nem no Bétis."
Mas ele não escondeu o interesse em defender a seleção brasileira. Durante entrevista coletiva à tarde, o técnico Wanderley Luxemburgo disse esperar que até quinta-feira (06) o problema esteja resolvido.
"Entendo que ele tem que ficar aqui", afirmou Luxemburgo. "Até quinta precisamos de uma solução definitiva para ele ter a cabeça no trabalho e não dividida." A Rádio Brasil Sul, de Londrina, conseguiu falar com o procurador de Denílson, que está em São Paulo, e Viana teria dito que o jogador deveria permanecer na seleção, pois o presidente do Bétis, Miguel Ruiz de Lopera, estaria mais acessível nas negociações.
Caso não haja acerto sobre a presença de Denílson no Brasil e seja necessária sua volta à Espanha, o técnico Wanderley Luxemburgo deverá optar pelo desligamento definitivo do atleta, alegando que um jogador "tem que estar aqui por inteiro e não chegar dois dias antes da competição". Independente do problema
o jogador participou animadamente dos treinamentos de hoje, que novamente levou muitos torcedores ao Estádio Vitorino Gonçalves Dias, entre eles o atacante Élber, que está retornando à Alemanha, depois das férias.