BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Apesar do desfalque de 11 jogadores em decorrência da Covid-19, o técnico da Venezuela, o português José Peseiro, e o atacante Fernando Aristeguieta afirmaram em entrevista coletiva neste sábado (12), em Brasília, que apoiam a realização da Copa América.

O torneio, envolto em uma sucessão de polêmicas que incluem o mundo político, começa em Brasília neste domingo (13), às 18h, com o jogo entre Brasil e Venezuela.

Neste sábado, a Conmebol (confederação sul-americanade futebol) confirmou 13 casos de Covid-19 na delegação venezuelana, sendo oito jogadores. Outros três atletas já haviam sido cortados em Caracas, também devido à doença.

Para Peseiro, não há razão de a Copa América não ser realizada, já que outros campeonatos de futebol estão ocorrendo em todo o mundo.

Devido principalmente à pandemia do coronavírus, a Colômbia e a Argentina se recusaram sediar o evento. Com o empenho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a Conmebol transferiu às pressas o torneio para o Brasil, apesar de o país estar se aproximando de 500 mil mortos pela doença.

Também na entrevista coletiva, o atacante Fernando Aristeguieta manifestou apoio à Copa América, afirmando que não se recusou a jogar por seu clube. Basta, em suas palavras, que as medidas sejam tomadas.

Após ameaçar um boicote à competição, jogadores e comissão técnica da seleção brasileira divulgaram um manifesto na ultima terça-feira (8) afirmando que não se recusariam a jogar, mas que consideram inadequada a realização do torneio e a condução dada pela Conmebol.

Na entrevista coletiva, Peseiro disse que entre os infectados estão sete titulares. Segundo ele, esse é o momento dos atletas se superarem e mostrar que merecem estar ali. O português teve que convocar 15 novos atletas para substituir os que se infectaram.

"Se os meus jogadores não derem 300% amanhã, quando será? [...] Temos ambições, não vamos baixar os braços, vamos lutar com mais força, sabendo que é muito difícil. Eu confio nos meus jogadores."

Nas redes sociais, o capitão da seleção venezuelana, Tomás Rincón, confirmou que é um dos infectados.