A seleção brasileira de futsal feminino está em Londrina e permanece na cidade até terça-feira (10) para participar da VI Clínica de Futsal promovida pela CBFS (Confederação Brasileira de Futsal) em parceria com o Ministério da Cidadania. Com aulas práticas e teóricas, profissionais do futsal têm a oportunidade de ampliar seu conhecimentos, inclusive acompanhando treinos da seleção, que se prepara para a disputa da Copa América entre os dias 13 e 20 de dezembro em Assunção, Paraguai. A clínica acontece no campus da Unopar Piza.

De acordo com a supervisora da Seleção, Naiara Gresta, o objetivo principal do evento é disseminar a ideia do que hoje é realizado no alto rendimento do futsal brasileiro. "Acreditamos que é possível colocar lado a lado a escola, a formação e o alto rendimento e mostrar que os elementos do jogo são os mesmos. E capacitar formadores é fundamental para a propagação da modalidade", ressaltou.

Seleção brasileira feminina de futsal treina em Londrina para a disputa da Copa América
Seleção brasileira feminina de futsal treina em Londrina para a disputa da Copa América | Foto: Gustavo Carneiro/Folha de Londrina

Entre técnicos, treinadores e estudantes foram 215 inscritos para a clínica em Londrina. Segundo a CBFS, nas cinco clínicas anteriores quase dois mil profissionais foram capacitados. Os eventos são gratuitos. "É uma oportunidade única de troca de informações e conhecimento. Além, é claro, de ter a chance de estar perto da seleção", frisou Fernanda Oliari, que comanda um trabalho com 90 meninas entre 7 e 17 anos na cidade de Manoel Ribas. "É bom ver que estamos fazendo trabalhos muito parecidos com os que são feitos no alto rendimento".

Durante a clínica são passados conceitos de treinos físicos, técnicos e táticos, além de trabalhos específicos para as goleiras. As palestras são ministradas por integrantes da comissão técnica da seleção brasileira. A clínica em Londrina é uma oportunidade também de reunir a Seleção para um período de treinamento. É só a segunda vez no ano que o Brasil se reúne para treinar em conjunto. Atual campeã, a Seleção vai em busca do pentacampeonato da Copa América.

BARREIRAS

"É muito positivo este tipo de evento porque podemos passar um pouco o que é a seleção brasileira e o que temos feito para seguir conquistando bons resultados", comentou a ala Amandinha, eleita cinco vezes de forma consecutiva a melhor jogadora do mundo (2014-2018). "O futsal feminino muitas vezes ainda é invisível e quando falamos dos nossos números e conquistas as pessoas se surpreendem. Precisamos ainda quebrar muitas barreiras e o preconceito".

Revelada em Londrina, a goleira Bianca, 30 anos, que joga na Itália, está de volta à cidade e à seleção brasileira. A última convocação da jogadora havia sido em 2015. "A sensação de retornar a representar o meu país é única. O futsal é uma modalidade que muda muito rápido, sobretudo na questão tática. Em razão disso, todos os envolvidos precisam evoluir juntos e, por isso, trazer a seleção para perto das pessoas é muito importante", apontou.