São Paulo, 03 (AE) - Depois da saída de 11 atletas do time do Palmeiras que disputou a última temporada, a Parmalat, patrocinadora do clube, garante que não vai abandoná-lo antes do fim do contrato que termina em dezembro deste ano. A multinacional italiana, que tem uma longa parceria de sucesso com o clube paulista, quer, na verdade, reestruturar a administração do futebol no clube, apostando em jogadores mais jovens e baratos.
Até o técnico Luiz Felipe Scolari concordou com a nova política de cortar os gastos exagerados com a folha de pagamento. Segundo o treinador, o "desmanche" estava previsto para meados de 1999, mas foi adiado em função da disputa da decisão do Mundial Interclubes, em Tóquio, contra o Manchester United, em dezembro, mas acabou derrotado na ocasião.
O Palmeiras ainda pode perder outros três atletas, dois deles goleiros. Marcos é alvo do Vasco, que pode negociar Carlos Germano após o Mundial de Clubes. Sérgio, o reserva imediato, ainda não acertou sua permanência. Existe a possibilidade de Sérgio transferir-se para o Grêmio, que já levou o atacante Paulo Nunes, o meia Zinho e o preparador físico Paulo Paixão. O Cruzeiro, que já conta com o Zé Maria, Cléber e Oseas, também quer o volante Galeano.
Apesar das novas ameaças, o gerente de Esportes da Parmalat, Paulo Angioni, diz que não haverá novas baixas no elenco. Scolari, que aceita o desafio de comandar um time mais jovem e modesto, solicita, porém, a contratação de atlletas para a zaga, meio-de-campo e ataque.
O treinador tem idéia de trabalhar com um grupo de 24 atletas nesta temporada, incluindo os jogadores que serão promovidos da categoria júnior, como Taddei, Ferrugem e Juliano. Hoje, com as saídas, o elenco não tem mais de 20 atletas com permanência garantida no time.
Os jogadores mais cotados para chegar ao Parque Antática ainda são o zagueiro Caçapa, do Atlético-MG, revelação no último Campeonato Brasileiro; o atacante Marcelo Ramos, do Cruzeiro; o meia Beto e o atacante Rodrigo Mendes, este dois do Flamengo.