Michael Schumacher ganhou ontem em Magny-Cours uma prova considerada perdida pela Ferrari, disparou na liderança da temporada e ficou a uma vitória de um recorde histórico da Fórmula 1. Foi o 50º triunfo do alemão. Até hoje, o maior vencedor nos 51 anos da categoria foi o tetracampeão Alain Prost, com 51 vitórias.
Ralf Schumacher, que largou na pole, foi o segundo colocado, estabelecendo a segunda dobradinha da família nesta temporada. Rubens Barrichello saiu em oitavo, adotou uma estratégia diferenciada e terminou em terceiro. Schumacher passa a somar agora 78 pontos, contra 47 de David Coulthard. Já Ralf Schumacher subiu para terceiro, com 31, um a mais que Rubens Barrichello.
‘‘Essa vitória foi especial. Vencer é sempre bom, mas aqui tivemos que trabalhar muito. No fim, foi divertido’’, disse o alemão.
O motivo, o fato de Magny-Cours ser a pista de testes da Michelin, fornecedora de pneus da Williams, a sensação do Mundial.
Ironicamente, porém, dois problemas nos pneus comprometeram ontem a participação de Ralf. Até a primeira rodada de pit stops, ele era o líder da corrida, mantendo uma vantagem média de três segundos sobre o irmão mais velho, que pressionava.
O primeiro problema aconteceu nos boxes. Os mecânicos da Williams se atrapalharam no pneu traseiro direito, e Ralf voltou à pista atrás de Michael.
O segundo problema veio em seguida. ‘‘O jogo de pneus não estava bom. Meu carro começou a escorregar, sair de frente e de traseira em todo lugar. Ficou difícil continuar na pista e tive que reduzir o ritmo’’, explicou Ralf.
Único piloto a fazer três pit stops na corrida, Barrichello comemorou muito o resultado. E trocou a ‘‘sambadinha’’ no pódio por um gesto comum ao futebol: ‘‘embalou’’ a taça no pódio, em alusão ao seu primeiro filho, que vai nascer no final do ano. Luciano Burti, da Prost, terminou em décimo lugar; e Tarso Marques, da Minardi, em 15º, a três voltas do vencedor.