São Paulo - Pela 1 vez nos pontos corridos, o São Paulo entra na última rodada do Brasileiro sem garantia de vaga na Libertadores. O time precisa de um empate diante do Sport, em seu jogo derradeiro, para atingir sua sétima classificação seguida ao torneio sul-americano. Caso os são-paulinos percam o jogo, o Cruzeiro os ultrapassa com um triunfo sobre o Santos.
Nos últimos seis anos, o clube já tinha seu lugar na competição sul-americana assegurado neste estágio do campeonato.
A única vez que não estava entre os quatro primeiros foi em 2005, quando já tinha seu lugar porque havia sido campeão continental daquele ano.
Em seu tricampeonato, a equipe era líder com diferença de pelo menos três pontos. Nos anos de 2003 e 2004, tinha folga para os rivais que estavam fora da zona de classificação e não podia ser alcançada.
Apesar da ameaça à vaga, a diretoria são-paulina entende que já garantiu a Libertadores. ''Temos que comemorar o fato de estarmos indo para nossa sétima Libertadores seguida. A vaga já não é uma conquista para nós, já faz parte do nosso calendário. Para o São Paulo é pouco, porque lutamos sempre por títulos, mas, ao menos dá recursos para pensarmos em 2010'', disse o superintendente Marco Aurélio Cunha.
Ainda pode ser a primeira vez que o São Paulo é obrigado a disputar a pré-Libertadores. Ou seja, tem que fazer um mata-mata para ir à fase de grupos.
A diretoria vai fazer reunião ao final do campeonato para planejar a próxima temporada, já que viu o elenco atual abaixo de suas expectativas.
Até porque a Libertadores era a prioridade da temporada e o time foi eliminado. Frustração que vai aumentar ainda mais com o fracasso quase certo no Brasileiro.
Para Cunha, os desfalques na reta final foram decisivos para a iminente perda do título. ''O time teve muitos desfalques nos últimos dois jogos. É difícil'', afirmou o dirigente, referindo-se também à derrota para o Botafogo, em que o clube tricolor não contou com André Dias, Jean, Dagoberto, Hugo e Borges. Domingo, em Goiânia, além de Dagoberto e Borges, não jogaram Miranda e Richarlyson.
''O Miranda é jogador de seleção brasileira, fez muita falta. O Rodrigo não foi mal, mas ficou muito tempo sem jogar. Tem também o entrosamento com André Dias e Renato Silva'', disse Marco Aurélio Cunha. ''O Dagoberto e o Richarlyson estão acima dos outros que jogaram. Fizeram falta'', completou.
O dirigente, no entanto, evitou culpar o Superior Tribunal de Justiça Desportiva pela derrocada. O tribunal acabou tirando Jean, Dagoberto e Borges da partida contra o Botafogo, no Engenhão. E depois os dois atacantes também em Goiânia.
''Seria injusto com quem vai ganhar o campeonato dizer que o tribunal decidiu. Ele influiu, mas não decidiu'', afirmou Marco Aurélio Cunha. ''O STJD influenciou como qualquer erro de arbitragem que possa ter acontecido. Por exemplo, tivemos algumas expulsões com que eu não concordei''.