SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Fórmula 1 teve seu primeiro contato com o Autódromo Internacional de Miami na tarde desta sexta-feira (6), nos dois primeiros treinos livres do Grande Prêmio de Miami, e o encontro foi marcado por erros e batidas. Charles Leclerc, da Ferrari, liderou a primeira sessão, com 1:31.098. Já George Russel foi o mais rápido da segunda sessão, realizada no fim da tarde desta sexta-feira, com 1:29.938. Ele foi o único a correr abaixo dos 30 segundos.

Ambos os treinos mostraram o quanto o circuito -inédito na Fórmula - será desafiador para os pilotos, que rodaram, bateram e cometeram erros em diversos pontos da pista. Valtteri Bottas bateu na primeira sessão, e não voltou no fim desta tarde. Já Carlos Sainz, Max Verstappen e Nicholas Latifi foram obrigados a abandoar a segunda sessão. A classificação está marcada para às 17h deste sábado (7), e a corrida começa às 16h30 de domingo (8).

Líder no primeiro treino, Leclerc foi o segundo mais rápido na segunda sessão, com 1:30.044. Sergio Perez, da Red Bull, foi o terceiro, com 1:30.150, e Lewis Hamilton, da Mercedes, o quarto, com 1:30;179. Fernando Alonso, com 1:30.372, foi o quinto e Lando Norris, o sexto, com 1:30.535.

O treino livre foi bem diferente de qualquer outro GP do calendário deste ano. Todas as pistas da F1 com frequência passam por reformas (curvas que mudam, trechos que são alargados), então muitas vezes os pilotos reencontram circuitos um pouco diferentes do que os viram pela última vez. É normal. Em um circuito novo como o de Miami, no entanto, nenhum dos pilotos jamais havia feito nenhuma daquelas curvas —só por simulador. A novidade explica a ordem inesperada dos melhores tempos, assim como a quantidade de erros, que agora tendem a cair.

Os pilotos Carlo Sainz, da Ferrari, e Max Verstappen, sofreram no primeiro dia do GP de Miami. Após problemas na primeira sessão, que lhe rendeu a quarta colocação, Carlo Sainz bateu faltando pouco mais de 40 minutos para o fim do segundo treino livre. O espanhol, na ocasIão, liderava a sessão.

Além disso, o treino ficou sob bandeira vermelha por aproximadamente dez minutos, tempo necessário para tirar o carro da Ferrari da pista.

Outro que enfrentou dificuldades foi Max Verstappen. Após demorar quase meia hora para ir à pista, o atual campeão mundial -que foi o 19º na primeira sessão- não conseguiu completar uma volta devido a um pequeno incêndio próximo a uma das rodas traseiras do carro.

Por fim, Latifi teve um problema no carro e precisou abandonar. O episódio resultou em nova bandeira vermelha, fazendo os pilotos perderem minutos preciosos para se familiarizarem com o circuito.

O primeiro treino livre foi marcado por dezenas de erros dos pilotos na pista nova, mas por sorte nenhuma batida forte, e no final Charles Leclerc (Ferrari) cravou a melhor volta com tempo de 1:31.098.

George Russell (Mercedes) fez o segundo melhor tempo, com 1:31.169, e Max Verstappen (Red Bull) apareceu em terceiro com 1:31.277. Em seguida estiveram Sergio Perez (Red Bull) e Pierre Gasly (AlphaTauri), o quinto —todos eles com pneus macios.

Carlos Sainz (Ferrari) fez o sexto tempo, mas usando pneus médios porque minutos antes havia rodado com os macios e tido um furo no dianteiro direito —pelo menos deu a sorte de não bater. A única batida da sessão foi de Valtteri Bottas (Alfa Romeo), que perdeu a traseira na curva 7 e foi no muro.

Os próprios criadores da nova pista chamam as curvas 14 e 15 de "criadoras de erros", pensadas para aproximar os carros antes da entrada da reta oposta e são o ponto mais exigente tecnicamente para os pilotos. De fato esta primeira sessão teve um show de erros ali. As curvas são bem fechadas em uma subida, com forte desaceleração, e até mesmo tendo o melhor tempo Leclerc sofreu para vencer a zebra ali.

A curva que causou a primeira batida, no entanto, foi a 7, a curva rápida que fica bem em frente à tão falada marina falsa do GP de Miami. Com 35 minutos de treino, Bottas pegou uma parte suja da pista ali, perdeu a traseira e foi direto no muro. O acidente causou uma bandeira vermelha, e a pista ficou vazia por nove minutos.

Por conta da batida, Bottas foi quem menos testou o carro (deu 13 voltas). Verstappen fez 14 voltas e reclamou com a Red Bull de que, sendo chamado aos boxes com tamanha frequência "não conseguia conhecer a pista". O holandês não deu nem metade das voltas de Fernando Alonso, que fez 30 em sua Alpine.

O circuito passou por obras de emergência durante a última noite por causa de rachaduras que abriram o asfalto em uma das curvas. A pista foi emendada de última hora, mas de qualquer forma os pilotos têm relatado que o asfalto está esfarelando.