Robert Lewandowski é eleito melhor jogador do mundo pelo segundo ano consecutivo (1)
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segunda-feira, 17 de janeiro de 2022
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Quando Cristiano Ronaldo foi escolhido o melhor do mundo pela quinta vez, em 2017, Robert Lewandowski ironizou a eleição em sua conta no Twitter. Era um inconformismo do atacante com a repetição dos mesmos nomes, ano após ano.
Por uma década, a partir de 2008, os vencedores foram apenas o português ou Lionel Messi, algo que começou a incomodar outros atletas de ponta do futebol mundial. Com o tempo, os gols de Lewandowski o fizeram ser reconhecido como almejava. Nesta segunda-feira (17), o polonês foi considerado pela Fifa o melhor jogador do mundo em 2021. Ele já havia ganhado o prêmio em 2020.
Na última temporada europeia, a de 2020/2021, o centroavante foi preponderante para o Bayern de Munique faturar o Campeonato Alemão pela nona vez seguida. No ano passado, também fez o gol do título da equipe no Mundial de Clubes, mas o troféu era referente a 2020.
O artilheiro marcou 41 gols em 29 jogos da liga nacional. Quebrou o recorde do alemão Gerd Muller, que havia anotado 40 vezes em 34 partidas em 1971/1972. Lewandowski foi o principal goleador do torneio nos últimos quatro anos.
Ele superou a concorrência de Lionel Messi, vencedor da Bola de Ouro, entregue pela revista France Football, e de Mohamed Salah. A escolha foi feita por uma combinação de votos de técnicos e capitães das seleções nacionais e jornalistas selecionados pela Fifa.
O polonês frustrou a esperança do argentino de ficar com o troféu pela sétima vez e reafirmar sua condição de maior ganhador da história. Salah tentava ser o primeiro africano melhor do mundo desde que o atacante George Weah, da Libéria, foi eleito em 1995.
O centroavante, que ainda tenta classificar seu país para a Copa do Mundo do Qatar, beneficiou-se do fato de que não houve um craque superior aos demais de forma indiscutível entre 2020 e 2021. Chelsea (vencedor da Champions League de 2021) e a Itália (campeã da Eurocopa) não tiveram nenhum grande destaque e venceram por causa do coletivo.
Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, dois nomes que sempre estão na mente das pessoas responsáveis pela escolha, também não mostraram na última temporada o mesmo futebol das anteriores. Isso apesar de o argentino ter conquistado o título da Copa América.
A eleição confirmou a seca dos jogadores brasileiros na eleição. O último nome do país a conquistar o prêmio foi Kaká, então no Milan (ITA), em 2007. Desde então, apenas Neymar foi duas vezes finalista. Ficou em terceiro em 2015 e 2017.
Alexia Putellas, 27, do Barcelona, ganhou como melhor jogadora de 2021. A meia era considerada a favorita e foi eleita pela primeira vez. Nunca uma espanhola havia vencido a premiação. Ela já havia ficado com a Bola de Ouro da France Football.
A armadora superou a concorrência de sua compatriota e companheira de equipe, Jennifer Hermoso, e da australiana Samantha Kerr, do Chelsea.
Foi a vitória final para Alexia, uma das estrelas do Barcelona que teve a temporada perfeita. Foi campeão da Champions League, do Campeonato Espanhol e da Copa da Rainha.
O Brasil também não teve nenhuma atleta entre as finalistas. A última vitória do país foi de Marta, em 2018.
Campeão com o Chelsea na principal competição europeia, o alemão Thomas Tuchel foi escolhido o melhor técnico de 2021. Ele pode ser adversário do Palmeiras no Mundial de Clubes a ser realizado nos Emirados Árabes no próximo mês. Também do Chelsea, Emma Hayes venceu na categoria das treinadoras.
A chilena Christiane Endler, do Lyon (FRA), ganhou como melhor goleira da temporada e foi a primeira sul-americana da posição a ficar com o prêmio. No masculino, o senegalês Édouard Mendy, do Chelsea, foi considerado o melhor.
Um toque de chaleira marcado contra o Arsenal, fez com que Erik Lamela, então no Tottenham Hotspur (ING), fosse eleito para o troféu Puskás, do gol mais bonito de 2021. Cristiano Ronaldo e a canadense Christine Sinclair receberam prêmios especiais pelos gols marcados por suas seleções.
Torcedores dinamarqueses e finlandeses acabaram eleito como "fãs do ano" por causa da reação quando o meia Erikssen teve uma parada cardíaca em campo durante partida da Eurocopa.
O mesmo incidente fez com que a equipe médica da seleção da Dinamarca recebesse o prêmio Fair Play.
A entidade que comanda o futebol elegeu também a equipe ideal do ano, no masculino e no feminino.
No masculino, a escalação foi: Donnarumma (Itália); Alaba (Áustria), Bonucci (Itália) e Rúben Dias (Portugal); De Bruyne (Bélgica), Jorginho (Itália) e Kanté (França); Cristiano Ronaldo (Portugal), Haaland (Noruega), Lewandowski (Polônia) e Messi (Argentina).
No feminino: Christiane Endler (Chile); Millier Bright (Inglaterra), Lucy Bronze (Inglaterra), Magdalena Eriksson (Suécia) e Wendie Renard (França); Estefanía Banini (Argentina), Barbara Bonansea (Itália) e Carli Lloyd (Estados Unidos); Marta (Brasil), Vivianne Miedema (Holanda) e Alex Morgan (Estados Unidos).
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VEJA OS VENCEDORES DO PRÊMIO DE MELHOR DO MUNDO DA FIFA:
2021 - Robert Lewandowski (Polônia) e Alexia Putellas (Espanha)
2020 Robert Lewandowski (Polônia) e Lucy Bronze (Inglaterra)
2019 Lionel Messi (Argentina) e Megan Rapinoe (Estados Unidos)
2018 Luka Modric (Croácia) e Marta (Brasil)
2017 Cristiano Ronaldo (Portugal) e Lieke Martens (Holanda)
2016 Cristiano Ronaldo (Portugal) e Carli Lloyd (Estados Unidos)
2015 Lionel Messi (Argentina) e Carli Lloyd (Estados Unidos)
2014 Cristiano Ronaldo (Portugal) e Nadile Kebler (Alemanha)
2013 Cristiano Ronaldo (Portugal) e Nadine Angerer (Alemanha)
2012 Lionel Messi (Argentina) e Abby Wambach (Estados Unidos)
2011 Lionel Messi (Argentina) e Homare Sawa (Japão)
2010 Lionel Messi (Argentina) e Marta (Brasil)
2009 Lionel Messi (Argentina) e Marta (Brasil)
2008 Cristiano Ronaldo (Portugal) e Marta (Brasil)
2007 Kaká (Brasil) e Marta (Brasil)
2006 Fabio Cannavaro (Itália) e Marta (Brasil)
2005 Ronaldinho Gaúcho (Brasil) e Brigit Prinz (Alemanha)
2004 Ronaldinho Gaúcho (Brasil) e Brigit Prinz (Alemanha)
2003 Zinedine Zidane (França) e Brigit Prinz (Alemanha)
2002 Ronaldo (Brasil) e Mia Hamm (Estados Unidos)
2001 Luís Figo (Portugal) e Mia Hamm (Estados Unidos)
2000 Zinedine Zidane (França)
1999 Rivaldo (Brasil)
1998 Zinedine Zidane (França)
1997 Ronaldo (Brasil)
1996 Ronaldo (Brasil)
1995 George Weah (Libéria)
1994 Romário (Brasil)
1993 Roberto Baggio (Itália)
1992 Marco van Basten (Holanda)
1991 Lothar Matthaus (Alemanha)

