Representantes e proprietários de academias, escolas de natação, de dança e de artes marciais participaram de uma reunião pública on-line na quarta-feira (13) na Câmara Municipal de Londrina para discutir propostas para a reabertura gradual dos estabelecimentos, que permanecem fechados por um decreto estadual desde o dia 20 de março, em razão da pandemia do coronavírus.

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. | Foto: Pixabay

Nesta quinta-feira (14), o Coesp (Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública) vai avaliar novamente o pedido dos empresários para a abertura dos espaços. Por duas vezes já o grupo técnico, criado pela administração municipal para analisar os caminhos de combate e prevenção a Covid-19, votou contrário a reabertura destes locais.

"O objetivo é de unificar o discurso e juntar a categoria para seguir na mesma direção. E ainda levantar as propostas para definirmos como se deve funcionar daqui para a frente diante das restrições que o momento exige", ressaltou o vereador Amauri Cardoso (PSDB), presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto, que propôs o encontro.

O movimento para a reabertura das academias já vem de algumas semanas, mas esbarra nas especificidades de cada modalidade. "É preciso deixar claro como será feito o trabalho com os grupos de riscos, por exemplo", frisou a superintendente do HU (Hospital Universitário), Vivian Feijó, que participou como convidada da reunião e também é integrante do Coesp.

"Há necessidade que os horários de atendimento sejam alargados para evitar aglomeração de frequentadores, da demarcação dos espaços para se manter a distância e o uso de máscara tem que ser obrigatório", enumerou.

O vereador Fernando Madureira (PTB) ressaltou que apesar da proposta inicial não ter sido aceita pela Coesp, o documento produzido foi muito bem elaborado, com opiniões de diferente profissionais, inclusive da área médica. Madureira fez questão de lembrar da condição financeira muito difícil dos empresários deste ramo. "Todos estão agonizando. Eu mesmo tenho duas academias e estou com oito funcionários recebendo sem ter como trabalhar. Há uma necessidade que este processo seja acelerado", apontou.

O representante das academias de musculação, Rodrigo Zanateli, apresentou um estudo da Associação Brasileira das Academias, que elencou um protocolo rígido de segurança e higiene para a reabertura dos estabelecimentos. "Quando falamos nas academias é preciso lembrar que falamos de qualidade de vida já que muitas pessoas necessitam de atividade física diária. As academias estão sendo as empresas mais afetadas neste momento e precisamos também de um subsídio fiscal por parte do município", comentou.