Rio de Janeiro - O retorno repentino do atacante Ronaldo, do Real Madrid, para o Brasil, gerou várias especulações durante o dia de ontem, por causa do silêncio mantido pelo jogador e sua assessoria. Oficialmente, o atacante retornou ao País em razão de um problema familiar, possivelmente, com seu irmão mais velho, Nelinho, ou sua mãe, Sonia Barata.
Durante o dia, o meia Zidane, companheiro do jogador no time espanhol, e o técnico Vanderlei Luxemburgo afirmaram que Ronaldo veio ao Brasil para resolver um problema familiar com seu irmão. Já a assessoria de imprensa do atacante optou pelo silêncio.
Rodrigo Paiva, assessor de imprensa de Ronaldo, limitou-se a dizer que um familiar do jogador passou mal durante a madrugada, mas que tudo não teria passado de um ''susto''. O parente do atleta estaria, inclusive, repousando em sua casa, sem ter tido a necessidade de permanecer internado em um hospital. Paiva ainda cogitou a possibilidade do jogador conceder uma entrevista coletiva, durante sua permanência no Brasil, ''para falar de futebol''.
Sequestro O silêncio de Ronaldo, justificado pelo desejo de manter a privacidade familiar, serviu para espalhar rumores sobre a realidade do que teria ocorrido com seu parente. Durante a manhã, a versão foi a de que sua mãe ou seu pai, Nélio Nazário, estaria doente. ''Estou bem e nada aconteceu comigo. Sobre os demais não posso dar informação'', disse o pai de Ronaldo. Mas, à tarde, circularam rumores de que o irmão do artilheiro poderia ter sido vítima de um sequestro. ''Não sei de nada sobre isso e, mesmo se estivesse investigando, não poderia passar informações sobre o caso. Estou em um restaurante agora'', disse o delegado titular da Divisão Anti-Sequestro do Rio, Fernando Morais, no início da noite desta sexta-feira.
A chegada de Ronaldo ao Rio estava prevista para o final da noite de ontem. Em princípio, ele, que ultimamente demonstrou insatisfação por ser constantemente substituído durante as partidas do Real, ficará no Brasil até segunda-feira.