A Fundação de Esportes de Londrina vai usar a conta da Associação dos Gestores do Norte do Paraná (Agenlon), para fazer o pagamentos de salários e outras despesas da equipe de basquetebol de Londrina. A entidade é formada por diretores de escolas ligadas ao Núcleo Regional de Ensino, com o objetivo de defender a classe e o convênio firmado na semana passada com a Fundação gerou questionamentos de seus associados. O temor é que a Agenon acabe se envolvendo em problemas como Grêmio, Recretativo e Literário Londrinense, que está sendo investigado pelo Ministério Público por não prestar contas de verbas recebidas do município para a manutenção do esporte amador.

O presidente da Fundação de Esportes, Marcelo Paulino, garante que não há qualquer ilegalidade com a utilização da conta da entidade. Segundo ele trarta-se de um convênio tampão que irá funcionar até a criação do Londrina Basquete Clube. Segundo ele será o mesmo sistema utilizado anteriormente junto à Apuel, que recebia o dinheiro que a prefeitura destinava à equipe de basquete. Paulino afirma que a Sercomtel repassa R$ 30 mil para a Fundação, que não pode pagar atletas e com isso precisa recorrer aos convênios. Segundo ele o convênio com a Apuel foi encerrado a pedido da própria entidade. ''No mês passado tínhamos o dinheiro e não tínhamos entidade para repassar.

Segundo ele o trabalho será feito com transparência para não haver polêmicas como ocorreu com o Grêmio. ''90% dos recursos são para despesas com salários de jogadores e o resto despesas de manutenção, está tudo dentro da legalidade'', comentou. O presidente da Agenon é Élcio Lentini, que também é diretor-técnico da Fundação de Esportes. Segundo ele a entidade fez um convênio de cooperação técnica apenas com o propósito de pagar os jogadores porque o dinheiro não pode ser depositado na conta de qualquer um. ''Cedemos a associação para o convênio mas está tudo legalizado''. Segundo ele é uma forma de colaborar porque a fundação tem levado o esporte para as escolas de Londrina.