SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Mohammed ben Sulayem, ressaltou que Lewis Hamilton não está isento de cumprir com a regra que proíbe a utilização de joias, piercings e relógios nas corridas. O heptacampeão tem até o GP de Mônaco, no final deste mês, para remover seu piercing do nariz.

E se o britânico não obedecer ao prazo? "Isso é com ele. Existem multas aplicáveis. É como se alguém acelerasse nas estradas, você não pode impedi-lo de fazer, mas ele é multado, mesmo que tenha sido acidental", afirmou ben Sulayem, ao 'Daily Mail'. "Você não pode deixar as pessoas ficarem livres porque elas são suas amigas. Tem que haver uma regra para todos", acrescentou.

Nas últimas semanas, o heptacampeão e a entidade que comanda a F1 estão vivendo uma polêmica sobre a aplicação da norma. A regra vale desde 2004, mas nunca tinha sido efetivamente fiscalizada e começou a ser reforçada neste ano. A justificativa da FIA é que a presença de acessórios pode atrapalhar os pilotos em caso de acidentes.

"Adoro joias. Eu absolutamente amo isso, mas no carro não pode haver escolha. As pessoas dizem que (as regras) não foram implementadas antes. Não me pergunte por que não. As pessoas podem perguntar às antigas diretorias por que isso acontecia", completou o presidente da FIA, que foi eleito em dezembro do ano passado.

No começo deste mês, Hamilton ameaçou não correr no GP de Miami se não pudesse utilizar suas joias. Em protesto contra a aplicação à risca do regulamento da F1, ele ostentou três relógios, oito anéis e quatro correntes, além de seu piercing no nariz, em coletiva de imprensa. O britânico ganhou o apoio de Vettel em sua reivindicação.

No entanto, ele concordou em tirar os acessórios para a corrida e recebeu uma licença médica para retirar o piercing no nariz, já que o procedimento exige um procedimento cirúrgico. Após a corrida, vencida por Verstappen, Hamilton respondeu que não retiraria o adorno e citou a permissão para a utilização de alianças de casamento.

A licença da F1 é válida até o GP de Mônaco, em 29 de maio.