São Paulo, 05 (AE) - Marcelinho será o levantador titular da seleção brasileira na estréia da equipe no Pré-Olímpico de Vôlei da América do Sul, quinta-feira, contra a Colômbia, às 9 horas, no Ginásio Lauro Gomes, em São Caetano do Sul. Marcelinho, de 25 anos e 1,86 m, viajou para o Japão como reserva de Ricardinho e acabou assumindo a posição de titular para ficar nos seis últimos jogos dos 11 da competição. Ontem, o técnico Radamés Lattari confirmou novamente Marcelinho na posição.
O jogador atribuiu seu crescimento à disputa do Campeonato Italiano - tem contrato com o time de Palermo, na Sicília -, um dos mais competitivos do mundo, e a constante briga de posição com Ricardinho. "É uma briga de cachorro grande", afirma.
"Adorando" é a palavra que o levantador usa para definir o seu sentimento em relação ao vôlei italiano. O campeonato nacional daquele país também está parado (será retomado no dia 16), em função do grande número de jogadores europeus que estão defendendo suas seleções no Pré-Olímpico da Europa. Marcelinho viaja de volta à Itália no dia 11.
"O nível do Campeonato Italiano é elevadíssimo, até pela quantidade de jogadores de seleções inteiras que estão atuando lá - iugoslavos, holandeses, russos e cubanos, entre outros", comenta o levantador. Observa que o salário em dólar mais o livre trânsito de europeus pelos times dos vários países do continente, tem levado uma enorme quantidade de estrelas para o vôlei da Itália. "Eles não são considerados estrangeiros."
Marcelinho, que começou a jogar vôlei aos 13 anos, pelo Cib, do Rio, e defendeu equipes grandes como o Report/Suzano e a Olympikus antes de deixar o País, ressalta que as estruturas dos clubes nacionais e italianos são equivalentes. "Os times brasileiros não ficam devendo nada para os da Europa." O que faz a diferença, na sua opinião, é mesmo o elevado número de jogadores de excelente nível técnico reunidos nos clubes italianos.
Marcelinho prefere não atribuir as vitórias do Brasil na Copa do Mundo ao fato dele ter entrado no time como titular, em substituição a Ricardinho, que fez as primeiras partidas. "Ganhamos porque o que mudou foi o espírito de toda a equipe e não esse ou aquele jogador", afirma.