TÓQUIO, JAPÃO (UOL/FOLHAPRESS) - Quatro atletas do atletismo brasileiro foram colocados em isolamento depois de terem tido contato, em voos diferentes, com pessoas que testaram positivo para Covid. Os casos mais recentes são de Thiago André e Caio Bonfim, que vieram da Suíça. Ambos estão em isolamento, mas podem competir. Por enquanto, nenhum brasileiro testou positivo para Covid em Tóquio.

Thiago, que competiu ontem nos 800m, e Caio, da marcha atlética, vieram para Tóquio por um voo saído da Suíça e, no avião, estavam sentados próximos a pessoas que testaram positivo para Covid seis dias depois da viagem. Já em Tóquio, eles e a mãe e técnica de Caio, Gianetti Sena, foram procurados anteontem (29) pela organização, que avisou que eles precisavam ficar em isolamento.

O Comitê Olímpico do Brasil (COB), porém, tem aplicado um protocolo de testes mais rígido que dos organizadores, com testagem diária por PCR de todos os integrantes da delegação. Assim, o COB demonstrou que Caio, Thiago e Gianetti não estavam contaminados e conseguiu que as restrições a eles fossem menos duras.

Os três foram levados a um apartamento no prédio ao lado do laboratório olímpico, dentro da Vila Olímpica. Thiago teve que levar a própria cama do prédio do Time Brasil para essa nova hospedagem, um dia antes de competir. Ontem (30) ele participou das eliminatórias dos 800m, sem conseguir avançar à final.

Além de ficar isolado, Thiago precisa usar máscara N95 o tempo todo, mas não tem nenhuma restrição em competir. O mesmo vale com Caio e Gianetti, que já viajaram para Sapporo, ao norte do Japão, onde vão acontecer as provas de maratona e de marcha atlética. Lá, também ficarão isolados.

Antes, o Brasil já havia tido problemas parecidos com outros dois atletas. Felipe Vinicius dos Santos veio de Frankfurt sentado próximo a uma pessoa que testou positivo, enquanto Erica Sena, que mora no Equador, estava com a delegação daquele país que teve um caso positivo, também. Nenhum dos casos foi relatado pelo COB à imprensa.