O PSTC anunciou na terça-feira (17) que está mudando de sede. Após 10 anos, o clube londrinense deixa Cornélio Procópio e vai jogar em Alvorada do Sul (Região Metropolitana de Londrina). A primeira competição oficial na nova cidade será o Campeonato Paranaense da Divisão de Acesso, previsto para começar em abril.

O presidente Mario Iramina se reuniu com a administração municipal de Cornélio e comunicou a decisão do clube. Iramina divulgou uma carta onde agradece a cidade, os torcedores e apoiadores. O presidente ressaltou os dois títulos conquistados pela equipe da Divisão de Acesso em 2015 e 2019 jogando na cidade, a campanha de semifinalista da elite paranaense em 2016 e a participação do clube na Copa do Brasil no ano seguinte.

Segundo Iramina, a decisão de deixar Cornélio Procópio foi necessária em razão de questões econômicas e da baixa presença de público no estádio Ubirajara Medeiros. "A nossa ideia era trazer o torcedor para os nossos jogos e fixar a torcida. Nos primeiros anos tivemos uma média boa e que amenizava o prejuízo, até porque tínhamos patrocínios também. E acreditávamos que com o tempo a arrecadação iria cobrir os custos dos jogos. Mas não andou. A torcida não aumentou e nem os patrocínios. Isso foi gerando um desgaste e chegou uma hora que não deu mais", ressaltou.

O clube assinou um contrato de seis anos para jogar em Alvorada do Sul e a administração municipal prometeu melhorias no estádio Álvaro Alves, que tem capacidade para 1,5 mil torcedores. "Sabemos que a Alvorada é uma cidade de porte menor, com 12 mil habitantes, mas estamos muito empolgados porque a administração está muito motivada e isso nos motiva também", afirmou Iramina.

Clube que revelou jogadores como Kleberson, Dagoberto, Fernandinho e Jádson, o PSTC vai manter o seu CT em funcionamento em Londrina para os treinamentos da base - categorias sub-14, sub-15, sub-16 e sub-17 - e também para a equipe principal, que será comandada pelo técnico Reginaldo Vital.

Questionado se as constantes mudanças de sede não poderiam arranhar a imagem do clube, Mario Iramina reconheceu que esta é uma preocupação, mas que é preciso também analisar a questão financeira e o retorno aos acionistas. "A partir de 1ª de janeiro nos transformamos em SAF (Sociedade Anônima do Futebol), uma empresa que visa faturamento e onde os acionistas vão me cobrar resultado. Mas todas as nossas decisões são tomadas com muito cuidado para não ficarmos com esta marca de aventureiros".

Sobre voltar a jogar em Londrina, o dirigente afirmou que esta hipótese não foi cogitada pelo clube. "Nós nunca vamos bater de frente com o Londrina até porque não temos tradição para isso. E além da questão financeira, jogador não gosta de atuar sem público. A motivação vem com estádio cheio, seja ele com capacidade para 500, mil torcedores", finalizou.

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