SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Atletas de cinco seleções fizeram protestos antirracistas nesta quarta-feira (21), na primeira rodada do futebol feminino da Olimpíada de Tóquio.

As jogadoras do Chile, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Suécia e Nova Zelândia se ajoelharam em campo antes do início das partidas em um gesto que se popularizou após a morte de George Floyd, no estado americano de Minnesota, em maio do ano passado.

As manifestações acontecem após o COI (Comitê Olímpico Internacional) afrouxar regra que proibia as manifestações políticas nos Jogos.

A redação original da Regra 50.2 da Carta Olímpica afirmava que, para preservar a neutralidade dos Jogos, nenhum tipo de manifestação política, religiosa ou racial era permitida nas arenas e em outras áreas.

Diante de um mundo efervescente e do crescente ativismo de atletas, porém, foi divulgado no início do mês a nova versão das diretrizes do COI para a aplicação da Regra 50.2, que inclui os locais de jogo como palcos permitidos para manifestação, desde que antes do início das competições.

De acordo com a entidade, a manifestação precisa ser "consistente com os princípios fundamentais do Olimpismo" e não pode ser dirigida direta ou indiretamente a pessoas, países e organizações. Ajoelhar-se ou erguer o punho no pódio permanece vetado.

Com a bola rolando, a Grã-Bretanha venceu o Chile por 2 a 0, a Suécia derrotou os EUA por 3 a 0 e a Nova Zelândia perdeu para a Austrália por 2 a 1.

A seleção brasileira de futebol feminino também estreou na Olimpíada nesta quarta. A equipe treinada por Pia Sundhage goleou a China por 5 a 0 no estádio Miyagi. Não houve manifestação antirracista antes da partida.