São Paulo - O presidente do Corinthians, Augusto Melo, afirmou que é mais fácil ajudar a acabar com a fome no país do que quitar a dívida do clube.

De acordo com ele, contra a fome é possível juntar forças, unir poder público, iniciativa privada e terceiro setor para reduzir o impacto desse mal que aflige 33 milhões de pessoas no país. "A fome é um problema social, então depende da sociedade, do governo, de nós todos lutarmos contra ela. Então podemos juntar forças, como aqui o Corinthians e a Gerando Falcões e o Edu Lyra. Agora a dívida do Corinthians somos nós aqui, no clube, que teremos que lidar com ela e trabalhar muito. E não é fácil."

A declaração do presidente alvinegro, que assumiu o Sport Club Corinthians Paulista em janeiro deste ano, foi dada na quinta-feira (4), quando o clube firmou parceria com a ONG Gerando Falcões.

O clube diz não ser possível hoje definir o valor final da dívida, já cogitada em torno de R$ 2 bilhões, e que nos próximos dias deve divulgar o resultado de uma auditoria feita pela Ernst & Young para justamente ter ciência do montante desse passivo.

Mesmo assim, o presidente corintiano afirmou que a herança amarga nas contas não impedirá o Corinthians de atuar cada vez mais em ações sociais.

"O Corinthians vive uma crise por hora. Mas vamos honrar o que é ser Corinthians, inspirar milhões de torcedores e fazer acontecer, impulsionar nossa vocação social, de luta pela democracia e combate à pobreza", disse Augusto Melo.

Tanto é assim que o clube assinou contrato com a Gerando Falcões, liderada pelo empreendedor social Edu Lyra, para impulsionar o projeto Asmara ("As Maravilhosas"), que envolve cultura de doação, empoderamento feminino e geração de renda para mulheres nas periferias de São Paulo.

A apresentação da parceria foi realizada no teatro do Parque São Jorge.

No domingo (14), na estreia do Corinthians no Campeonato Brasileiro, quando enfrenta o Atlético-MG, às 16h, será registrada a maior doação de roupas em um jogo de futebol.

Para isso, serão instaladas caixas para coleta das doações na Neo Química Arena. O Corinthians deve neste primeiro jogo do Brasileiro levar 1.000 crianças de comunidades pela primeira vez a um estádio de futebol.