O técnico Claudio Tencati comemora o segundo acesso da carreira para a Série B ao recolocar o Criciúma na segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Um dos clubes mais tradicionais de Santa Catarina, o Tigre volta à competição após ter sido rebaixado para a Série C em 2019.

Ao lado do auxiliar Aléssio, Tencati dirigiu o Criciúma em cinco jogos na reta final da série C e recolou o clube de volta a série B depois de dois anos
Ao lado do auxiliar Aléssio, Tencati dirigiu o Criciúma em cinco jogos na reta final da série C e recolou o clube de volta a série B depois de dois anos | Foto: Celso da Luz/ Assessoria de imprensa Criciúma E.C.

A classificação veio no último fim de semana, com o término da segunda fase. O Criciúma ficou com a segunda vaga do grupo C, atrás do Ituano. Na chave D, os classificados foram Tombense e Novorizontino. Ituano e Tombense farão a final. O primeiro jogo da decisão ocorre neste sábado (13), em Minas Gerais.

Ao lado do auxiliar Aléssio Antunes, Tencati repete o que fez no Londrina em 2015, quando levou o Tubarão de volta à Série B depois de 12 anos.

“O intuito de vir e aceitar o desafio foi pensando justamente na oportunidade de acesso em um clube tradicional, de história, de títulos e torcida. Uma maneira de cravar o nosso trabalho com mais um acesso”, afirma o treinador à FOLHA.

Tencati assumiu o Criciúma na segunda rodada do quadrangular final no lugar de Paulo Baier e teve uma campanha com duas vitórias, dois empates e uma derrota. O acesso veio no último jogo, na vitória por 1 a 0 sobre o Paysandu, em Belém.

“Estreamos com apenas dois treinos e havíamos projetado que com nove pontos poderíamos subir, como aconteceu. O time foi equilibrado. Sofremos apenas um gol e fomos eficientes na hora de resolver os jogos. Conhecia alguns jogadores e o elenco comprou a nossa ideia”, comenta.

Claudio Tencati ainda não oficializou a sua permanência no Criciúma em 2022, mas a negociação para uma renovação de contrato está bem adiantada.

APAGANDO INCÊNDIOS

Após sair do LEC em 2017, o técnico teve passagens por Atlético Goianiense, Vitória, Brasil de Pelotas e o próprio Londrina em 2019. Em nenhuma delas conseguiu realizar um trabalho a longo prazo, como foi na primeira oportunidade no Tubarão, onde ficou por sete anos e se projetou nacionalmente.

“Neste período, apagamos alguns incêndios, como foi no Brasil. E depois começamos um trabalho do zero e não deu certo. No Atlético-GO, o trabalho foi bom, mas não foi até o fim. Esta conquista traz novamente a perspectiva positiva de fazermos um trabalho inteiro, sem interrupção durante uma temporada cheia”, aponta.

Apesar de ter subido para a Série B, o Criciúma vai jogar a segunda divisão do Campeonato Catarinense em 2022, além da Copa do Brasil. A situação faz Tencati relembrar um pouco da sua trajetória no Londrina.

“É um panorama muito parecido quando cheguei no Londrina, apesar que o Londrina em 2011 não tinha nem vaga em competições nacionais. Mas aqui, como aí, encontramos um torcedor desacreditado, angustiado e triste. Por isso, o acesso parou a cidade e trouxe um ânimo novo para todos”, revela.

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