Pólo do Curitibano troca a piscina pelas águas de rio
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terça-feira, 10 de outubro de 2000
Daniel Moro da Cunha Especial para a Folha De Curitiba
Em busca de maior destaque no cenário nacional, a equipe de pólo aquático do Clube Curitibano, de Curitiba, troca a piscina pelo rio para disputar o 7º Torneio Brasileiro de Pólo Aquático em Águas Correntes, que acontece de amanhã até domingo em Alto Paraiso de Goiás, na Chapada dos Veadeiros, em Goiás.
O Curitibano é o único representante paranaense na competição, que reunirá também times de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Goiás e Santa Catarina.
A equipe do Clube Curitibano, que nunca participou de campeonatos brasileiros na categoria adulto disputou competições apenas nas infantil e júnior , foi convidada pela primeira vez para o torneio brasileiro. Tal convite se deve ao fato da equipe ser campeã de todos os torneios paranaenses. Além disso, tem como currículo vários Campeonatos Sul-Brasileiros.
Segundo o técnico da equipe, Lúcio Guilherme Ieger, a expectativa é a de que o time chegue pelo menos na semifinal, o que deve ajudar na conquista de um pouco mais de apoio para o esporte no estado.
Apesar de pouco conhecido no Paraná, o esporte possui cerca de 100 atletas praticantes e 65 federados. Além do Curitibano, o estado também conta com atletas do Graciosa Country Club e do Clube do Golfinho, ambos também da capital paranaense.
Para o diretor de Pólo Aquático junto à Federação de Desportos Aquáticos do Paraná, Gilberto Teixeira Bastos, o esporte não se desenvolve no estado pela falta de mão-de-obra especializada. Isso ocorre pela pouca divulgação e pelo fraco apoio ao esporte, deixando os estudantes de educação física com receio de se especializarem num esporte que não apresenta um futuro promissor.
O esporte surgiu nos rios e lagos da Inglaterra na metade do século 19, como uma versão aquática do rugby. O jogo tem quatro tempos. Cada um deles conta com sete minutos de bola em jogo. As equipes possuem sete jogadores titulares.
A piscina deve ter tamanho mínimo de 30 x 20 m, com pelo menos dois metros de profundidade. Em 1900, o pólo aquático era tão popular que foi o primeiro esporte coletivo a fazer parte das olimpíadas. Ele auxilia o condicionamento físico, o raciocínio e o reflexo.