BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - A Polícia Militar de Minas Gerais identificou e iniciou buscas pelo suspeito de ser o autor de disparo que causou a morte de um torcedor do Cruzeiro em briga de torcidas no domingo (6), em Belo Horizonte.

O confronto ocorreu antes de partida entre Atlético-MG e Cruzeiro, pelo Campeonato Mineiro, no Mineirão, com vitória atleticana por 2 a 1. Até o início da tarde de segunda (7), o suspeito não havia sido localizado.

Segundo informações da Polícia Militar, dois homens que também se envolveram no confronto foram presos. Uma motocicleta foi apreendida.

"Passamos toda a madrugada na identificação da autoria do homicídio", afirmou o major Flávio Santiago, do setor de comunicação da PM.

A briga ocorreu no bairro Boa Vista, região leste da capital mineira, e envolveu cerca de 50 pessoas, conforme a corporação. O torcedor morto foi identificado como Rodrigo Marlon Caetano Andrade, 25.

A vítima foi atingida no abdômen e chegou a ser socorrida em uma UPA (Unidade de Pronto-Atendimento). Em seguida, foi transferida para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. Foi submetido a cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos.

Uma pessoa que passava de motocicleta pelo local, sem envolvimento no confronto, também levou um tiro, no ombro. Foi enviada para atendimento médico e liberada em seguida.

Vídeos divulgados nas redes sociais mostram dezenas de pessoas correndo, atirando pedras, pedaços de madeira e até uma cadeira. Ao fundo são ouvidos rojões e, possivelmente, tiros.

Uma das filmagens capta conversa entre pessoas carregando um ferido. Uma grita: "Pega o carro, o cara vai morrer".

Pouco antes de a bola rolar, as diretorias de Atlético-MG e Cruzeiro posaram juntas nas redes sociais para um pedido de paz, civilidade e respeito.

O ex-atacante Ronaldo Nazário, acionista majoritário do Cruzeiro, foi um dos presentes no encontro. "Nossa rivalidade tem de estar restrita às quatro linhas", declarou o Fenômeno.

"Que este dia simbolize o início de um novo tempo no futebol brasileiro", acrescentou Rafael Menin, vice-presidente do Conselho Deliberativo atleticano.

Segundo informações da Polícia Militar, o confronto entre as duas torcidas provavelmente foi marcado pelas redes sociais ou aplicativos de conversa. "São os meios mais comumente usados", disse a porta-voz da PM, major Layla Brunella.