SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Alexandre Pato recuou após uma publicação em apoio ao tenista Novak Djokovic sua viralizar nas redes sociais na manhã desta terça-feira (18). Após a repercussão negativa do texto, o atacante mudou o posicionamento e agora pede que todos se vacinem.

"Quero deixar clara a importância de todos os seres humanos se vacinarem. Eu tomei as minhas doses no exato momento em que fui liberado para tal, e acho importante que todos tenham essa consciência de se proteger e proteger quem está ao seu lado", afirmou Pato na retratação.

A posição é muito diferente daquela que repercutiu mais cedo. Na publicação original, o atacante ex-Tianjin Tianhai, da China, usava termos xenófobos —"vírus chinês" e "peste chinesa".

Também exaltava suposta doações de Djokovic a causas sociais e celebrava como positivo o fato de o tenista optar por não se vacinar contra a Covid-19 —ou "não se submeter à picada experimental", em citação literal. Segundo o estafe do jogador, o texto não era dele.

A vacina contra a Covid-19, como é consenso entre cientistas, é a principal defesa que o ser humano tem à disposição para evitar morrer com a doença. Mais de 5,5 milhões de pessoas já foram vítimas do coronavírus desde o começo da pandemia, sendo mais de 620 mil só no Brasil.

Ambas as publicações de Pato foram feitas em seu perfil no Instagram. Na retratação, ele afirma que "quis valorizar os feitos humanitários de Djokovic" e suas conquistas esportivas. "Quando me dei conta de que colocações no texto não condizem com minha maneira de pensar, aí sim apaguei".

O próprio Alexandre Pato registrou nas redes sociais quando recebeu a primeira dose de vacina contra a Covid-19, em abril. "É bom ver que dias melhores estão chegando", publicou na ocasião, na legenda da foto que ilustra este texto.

Djokovic virou assunto nas últimas semanas não por qualquer conquista no tênis, e sim por preferir não se vacinar contra a Covid-19.

Ele tentou entrar na Austrália com uma exceção médica e ficou detido em duas ocasiões, a princípio conseguiu uma liberação na Justiça, mas depois acabou deportado.

Ele não havia cumprido isolamento após supostamente contrair o coronavírus, em dezembro, e ao entrar no país havia apresentado informações que não eram verdadeiras, além de ser um notório crítico da obrigatoriedade das vacinas.