Quem vibrou com o recorde de 21 medalhas do Brasil na Olimpíada de Tóquio poderá comemorar um número bem maior delas nas Paralimpíadas, que começam nesta terça-feira (24). A expectativa é que os atletas do país subam ao pódio nos 12 dias com disputas, até 5 de setembro. Os Jogos no Japão terão 540 eventos com distribuição de medalhas, bem acima dos 339 das Olimpíadas. Isso mesmo com um número bem inferior de atletas em ação: 4.400 são esperados agora, contra mais de 11 mil nas Olimpíadas.

O nadador Daniel Dias, maior atleta paraolímpico do Brasil, vai se aposentar das piscinas após Tóquio.
O nadador Daniel Dias, maior atleta paraolímpico do Brasil, vai se aposentar das piscinas após Tóquio. | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O que garante o grande volume de pódios das Paralimpíadas é o número de classes criadas para contemplar a participação de pessoas com diferentes tipos de deficiência. Só no atletismo serão 168 medalhas de ouro em jogo.

Em 2016, no Rio, o Brasil bateu seu recorde de medalhas, com 72 (14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes), na oitava posição do quadro geral. Devido ao número de ouros (21), a campanha de Londres-2012 permitiu uma colocação ainda melhor (sétimo), mesmo com um total de medalhas inferior: 43.

Agora, o único objetivo traçado oficialmente pelo CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) é permanecer entre os dez primeiros. Entre os destaques está o nadador Daniel Dias: maior atleta paraolímpico do Brasil, com 24 medalhas conquistadas em três edições dos Jogos, 14 delas de ouro, o nadador paulista vai se aposentar das piscinas após Tóquio. Outro destaque é o paraibano Petrúcio Ferreira, 24, o atleta paraolímpico mais rápido do mundo. Sua marca de 10s42 nos 100 m rasos registrada no Mundial de Dubai, em 2019, é até hoje a melhor da história. Em junho, ele ficou a três centésimos dela, ao alcançar 10s45 na seletiva para Tóquio.

O Paraná está representado por delegação formada por 25 pessoas, das quais 24 são bolsistas do Programa Geração Olímpica e mais um atleta, Ronan Cordeiro, contemplado pelo Programa de Fomento e Incentivo aos Esporte – Proesporte.

São 20 atletas e cinco técnicos, número que supera o alcançado na Paralimpíada Rio 2016, quando 18 integrantes do Paraná estiveram competindo. Destaque para o trio Jefinho, Cássio e Gledsonm, que defende a seleção brasileira de Futebol de 5, para cegos, atuais tetracampeões paralímpicos e favoritos ao ouro.

Grandes chances de medalha também para os irmãos da bocha, Elise e Marcelo Santos, medalhistas de prata na Rio 2016. Jovane Guissone, da esgrima em cadeira de rodas, é outro que briga por uma medalha. Ele foi campeão paralímpico em Londres 2012. Atenção também para a equipe masculina do vôlei sentado, que terá três representantes do Estado: Daniel Jorge, Anderson Silva e Alex Pereira. A equipe é tetracampeã parapan-americana e foi 4ª colocada na Rio 2016.

Confira o guia completo (https://tinyurl.com/nwjaucs7) com os dias e horários das competições dos representantes do Paraná. A tabela será atualizada conforme os atletas passem para as próximas fases da competição.

O SporTV e a TV Brasil prometem transmitir vários eventos. A Globo passará as semifinais e a final do futebol de 5, se houver presença brasileira.