Para Mano, equipe se abateu com as vaias
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sexta-feira, 07 de setembro de 2012
São Paulo - A seleção brasileira venceu a África do Sul por 1 a 0, mas o desempenho não agradou os mais de 50 mil pagantes que estiveram presentes. Desde os primeiros minutos da partida ouvia-se vaias à equipe e ao técnico Mano Menezes, que avaliou que este comportamento abalou os jogadores em campo.
''O time sentiu o início sem apoio. Quanto mais novo um time, mais sente a falta de apoio. Já vi vaias e ambientes muito mais hostis em São Paulo, para todos os técnicos. Já vi grandes jogadores serem vaiados. A situação não é atípica, mas acho que podemos tentar modificar isso. Temos que jogar uma Copa no nosso País. Vamos ter adversários defensivos, como a África do Sul. Pedimos um pouco mais de compreensão'', declarou.
O treinador brasileiro admitiu que a seleção sentiu intranquilidade por conta das críticas. ''Gostaria que nesse momento o ambiente dentro do nosso país fosse mais favorável, mas não podemos interferir nisto. Em alguns momentos, a falta de tranquilidade atrapalhou um pouco, mas trabalhamos com paciência, a partir de algumas situações que poderíamos fazer''.
Além do técnico, Neymar foi outro alvo dos torcedores. O atacante do Santos foi chamado de ''pipoqueiro'' ao longo da partida e, substituído no final, deixou o gramado sobre vaias. Seu desempenho ficou muito aquém de suas melhores participações com a seleção e Mano Menezes culpou o desgaste do jogador pela fraca atuação e negou que o tenha tirado para que ele ''sentisse'' as críticas.
''O Neymar vem de um desgaste físico muito grande, perdeu peso em função de um problema intestinal. A alteração foi para preservá-lo, vai estar em campo na segunda para nos ajudar a construir uma vitória contra a China. Não precisava tirá-lo para que ele sentisse algo que externamente foi claro para todos. Entendemos as críticas, mas incomoda, né? Aqueles que querem construir alguma coisa, sofrem'', disse Mano Menezes, já projetando o amistoso da próxima segunda contra os chineses, no estádio do Arruda, no Recife. (A.E.)