Quando elegemos um presidente da República, desejamos que ele resolva problemas, ao invés de criá-los. No entanto, o atual é especialista na criação de casos, dia sim e o outro também. Qualquer crise circunstancial é turbinada pela falta de destreza e sensatez do presidente, que chegou ao cúmulo de criar crise diplomática até com a primeira dama da França. Desde o primeiro dia de governo até hoje, se desentendeu com quase todos seus companheiros de 2018, humilhou vários generais, e acabou se segurando na cadeira ao trazer a sua velha turma do Centrão para o coração do governo, que lhe cobrou o orçamento em troca de proteção. Agora, eles planejam decretar estado de calamidade no país, para raspar o tacho até o último suspiro de mandato, haja vista que a reeleição vai se tornando cada dia mais improvável, e o clima de fim de festa beira a pilhagem. Como justificar um país em calamidade, quando seu representante máximo só sabe fazer motociata e farrear de jet-ski? A inflação nos atormenta todos os dias, mas a imprensa põe a culpa na pandemia, na guerra, nos gafanhotos do Saara que estão exterminando as formigas asiáticas, no declínio do lado oculto da lua, mas nunca em Paulo Guedes e seu chefe (ou empregado?). Enfim, só espero que o Supremo Tribunal Federal ou o TSE abortem essa aberração de “calamidade pública”. O Brasil está cansado de feitiçarias e truques eleitoreiros. É hora de a nação amadurecer.

Sandro Ferreira - Ponta Grossa

Receba nossas notícias direto no seu celular, envie, também, suas fotos para a seção 'A cidade fala'. Adicione o WhatsApp da FOLHA por meio do número (43) 99869-0068 ou pelo link wa.me/message/6WMTNSJARGMLL1