O que está faltando?
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segunda-feira, 04 de agosto de 2014
BRUNO GROSSI<br>[email protected]
Quando Rogério Ceni entregou a bola para Alexandre Pato converter pênalti contra o Bragantino, a esperança era que o atacante se reerguesse no São Paulo. Contra o Criciúma, no entanto, o camisa 11 voltou a ser cercado por dúvidas e desconfiança.
A boa movimentação e as chances criadas no sábado agradaram Muricy Ramalho e, a princípio, empolgaram boa parte dos 46 mil torcedores que foram ao Morumbi. Mas a falta de capricho nas finalizações logo provocou gritos por Luis Fabiano e vaias ao atacante.
- Ele se mexeu, criou oportunidades. Nunca finalizou tanto no São Paulo. Fez um bom jogo, não dá para reclamar dele, mas é claro que tem de fazer gol. O Alan Kardec não teve tantas oportunidades e fez o gol, encarou o goleiro bem. Foi um dos melhores jogos dele, mas tem de fazer gol. Assim é vida de atacante - analisou Muricy.
Se o técnico foi compreensivo, uma das torcidas organizadas não mostrou a mesma paciência. De "deixou de ser galinha pra jogar no Tricolor", o canto para Alexandre Pato passou a ser "tem que ser homem pra jogar no Tricolor".
Mas Pato assegura: só ouvirá as críticas de Muricy. Pois bem, terá uma semana livre para aprimorar as finalizações com o respaldo do comandante que espera contar com ele no próximo domingo, diante do Vitória, no Morumbi.
- Não é questão de sorte, mas de ter mais tranquilidade para fazer gols. Se mexeu deu trabalho, criou e foi o que mais finalizou. Pelo que jogou, deve iniciar contra o Vitória. Tem uma semana toda de treinamento e mostrou que quis mais. Isso é importante - destacou.
Daqui a seis dias, Alexandre Pato terá de driblar adversários e vaias se quiser provar aos torcedores do São Paulo que não está à toa no clube. Mas só se quiser...