O menino Kléberson

O pentacampeão Kléberson foi um dos companheiros de transmissão nesta Copa. A cada encontro, antes ou depois de jogos, várias histórias contadas pelo meio-campo, que hoje vive nos Estados Unidos. Continua tímido, de sorriso fácil e extremamente gentil.

Kléberson surgiu para o futebol da parceria do Athletico com o PSTC. E foi quando vestia a camisa do Furacão que chegou a Seleção. E foi uma história de Seleção que relembrei com o menino de Uraí. Kléberson conquistou vaga para a Copa de 2002 na reta final. No dia do anúncio da lista que iria à Coreia-Japão, que foi no início da tarde de uma segunda feira de maio de 2002, o nome de Kléberson apareceu entre os convocados e a Rede Bandeirantes me deu a tarefa de entrevistar o jogador.

À época eu apresentava o Jornal Tarobá e também fazia reportagens para o esporte da emissora, e por três vezes já havia ido a Cambé entrevistá-lo, quando já despontava como um provável convocado. A namorada do atleta morava na cidade vizinha, e com a ajuda de um cinegrafista (Vilson Duque) conseguimos o endereço, onde ele já havia nos atendido com muita simpatia e educação. No dia do anúncio da convocação a informação do CAP era que o jogador estava de folga no interior. E fomos à casa da namorada, de improviso, e o encontramos.

Quando chegamos ele se assustou: “como me descobriram aqui?”, foi a pergunta. Mas a surpresa logo ficou em segundo plano diante da felicidade de estar prestes a disputar uma Copa do Mundo.

No camarim, relembrei com Kléberson essa história e que ele já não recordava e me disse: “Como vocês sabiam o endereço? Era um ‘buraco’ lá em Cambé.” Relembrei a entrevista e rimos de algumas curiosidades. Aquela foi a primeira entrevista que concedeu como convocado. E o resto da história está aí.

O menino de Uraí foi campeão do mundo e rodou o mundo, mas continua com o mesmo sorriso simples e humilde e registramos essa lembrança com uma foto. Kléberson é um campeão, de fato.

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